Por Iluska Lopes –
O índice de atividades turísticas avançou 11,9% em junho na comparação a maio, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das 12 unidades da federação pesquisadas, todas apresentaram taxas positivas, com destaque para Minas Gerais, que cresceu 19,7%.
Índice também está acima da média nacional, que foi de 11,9%. Doze Estados pesquisados tiveram taxa positiva.
Pela primeira vez, o Estado ultrapassou Rio de Janeiro e São Paulo, dois dos polos turísticos mais fortes dos país, que registraram taxa de 12,4% e 5,3% de crescimento, respectivamente. O índice mineiro, além de ser o maior do que de todas as outras unidades da federação, ficou acima da média nacional (11,9%).
Segundo o IBGE, a taxa de atividades turísticas é positiva pelo segundo mês consecutivo, acumulando crescimento de 43,0%. O turismo, no entanto, ainda necessita crescer 29,5% para retornar ao patamar pré-pandemia, em fevereiro do ano passado. O resultado positivo é atribuído ao avanço da vacinação no país e à queda da curva de contágio pela Covid-19.
Os Estados que estão em segundo e terceiro lugares no Índice de Atividades Turísticas (Iatur) são o Ceará, com 16,7%, e o Distrito Federal, que acumulou 14,4% das atividades turísticas.
Em relação ao valor arrecadado no mesmo período, os meses de maio e junho, Minas Gerais também apresentou o melhor resultado entrei os Estados. As atividades turísticas em terras mineiras tiveram crescimento de 26% entre maio e junho, superior aos resultados de outros Estados como Santa Catarina (12,1%) e Bahia (11,4%) e também ao resultado nacional, que foi de 6,2%.
Segundo a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), os resultados expressivos, tanto em atividades quanto em geração de receita, estão relacionados às ações de estímulo à retomada gradual e segura do turismo no Estado, como o Programa Reviva Turismo.
O Reviva Turismo foi desenhado com base em quatro eixos principais, que são biossegurança, estruturação, capacitação e promoção do destino Minas Gerais. Todos eles estão sendo trabalhados de forma integrada para que o Estado alcance a meta de geração de 100 mil empregos no turismo até 2022, garantindo lugar entre os principais destinos turísticos do país.
“Minas Gerais concentra grandes atrativos turísticos dentro das tendências de turismo pós-pandemia, para todos os perfis de visitantes”, enfatiza o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.
“Observar os resultados do esforço articulado com vários parceiros, como o trade turístico e entidades públicas e privadas, para potencializar a retomada do turismo no Estado, é uma grande satisfação”, destaca Milena Pedrosa, subsecretária de Turismo da Secult.
Pesquisa
O Índice de Atividades Turísticas (Iatur) é obtido por meio do agrupamento de classes agregadas (compostas por atividades econômicas dentro da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE). São elas agências de viagens e operadoras turísticas; alojamento e alimentação; locação de automóveis sem condutor; serviços culturais, desportivos, de recreação e lazer e transportes turísticos.
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. (Informações O Tempo)
Regularização de acampamentos turísticos no país mais que dobra durante a pandemia
Atividades em meio à natureza despontaram na preferência dos turistas em busca de alternativas seguras de lazer diante da pandemia de Covid-19. Com isso, também cresceu o interesse do segmento em se regularizar e ofertar um serviço responsável e de qualidade aos visitantes. Dados do Ministério do Turismo apontam um aumento de 112% no número de acampamentos turísticos inscritos no Cadastro Nacional de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) entre o início de 2020 e agosto deste ano, passando de 184 para 390 cadastros. Se comparado ao ano de 2018, o número mais que triplicou.
Os estados com maior percentual de aumento foram Goiás (381,8%), que passou de 11 acampamentos cadastrados no início de 2020 para 53 em agosto de 2021; Rio Grande do Sul (185,7%), que passou de 14 para 40; Mato Grosso (183,3%), que foi de 6 para 17; e Paraná (166,6%), passando de 12 para 32 estabelecimentos. Minas Gerais e Rio de Janeiro também dobraram o número de campings cadastrados no período. Já os estados que possuem o maior número de acampamentos turísticos são Rio de Janeiro (54), Goiás (53), São Paulo (46) e Rio Grande do Sul (40).
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, ressaltou a importância da regularização dos prestadores de serviços turísticos, principalmente com a retomada do setor em todo o país. “A pandemia criou um perfil de turista mais responsável e consciente, que vai buscar por empresas e profissionais sérios que ofertem serviços de qualidade. Com o avanço da vacinação, a retomada se faz cada vez mais presente e os turistas estão ávidos por destinos de natureza, um dos pontos fortes do Brasil”, declarou o ministro.
A empresária Renata Foresti acampa há quatro anos e, durante a pandemia, continuou visitando o camping que costuma frequentar. “Sempre me senti bastante segura. Por possuir um terreno amplo, o local nunca fica cheio e as barracas estão sempre distantes umas das outras. Tem bastante privacidade”, conta.
Segundo Renata, os acampamentos turísticos são uma ótima opção de lazer para todos os gostos e idades. Ela e o marido levaram as filhas na primeira aventura em um camping e, desde então, este se tornou o passeio preferido da família. “Qualquer pessoa pode acampar. Eu nunca pensei que fosse gostar, mas quando me convidaram, aceitei e não parei mais. Existem campings de diferentes níveis de conforto e praticidade, basta escolher o que melhor se encaixa no seu perfil”, afirma.
Por trabalhar com marketing de influência, Renata está sempre “online”. Por isso, para ela, a prática é um refúgio da correria do dia a dia. “Uma das coisas que mais gosto é que lá não tem internet. Eu me desconecto completamente do trabalho e dos problemas e me conecto com o que realmente importa: a família e a natureza”, conta.
As memórias criadas durante o acampamento e o contato com a natureza é o que mais encanta Renata. “A gente acorda, faz trilhas e passa o dia nas cachoeiras se divertindo. À noite fazemos fogueira e vamos ao rio, levamos cobertor e nos deitamos nas pedras aquecidas pelo sol durante o dia para admirar o céu cheio de estrelas. É possível ver cerca de dez estrelas cadentes em questão de minutos! Por isso eu chamo o camping de ´meu hotel milhares de estrelas´. É uma experiência maravilhosa!”, relata.
A empresária dá algumas dicas para quem pretende ingressar nesta atividade. “Claro que depende muito da experiência que a pessoa quer viver, se quer algo com mais conforto ou algo mais rústico. Mas eu aconselharia a levar uma barraca com altura suficiente para ficar em pé, um colchão auto inflável e um lampião de pilha para iluminar durante a noite”, destaca.
CADASTUR – Os acampamentos turísticos estão entre as atividades de cadastro obrigatório no Cadastur. Segundo a Lei do Turismo, eles são definidos como áreas especialmente preparadas para a montagem de barracas e o estacionamento de reboques habitáveis (motorhomes), ou equipamento similar, dispondo, ainda, de instalações, equipamentos e serviços específicos para facilitar a permanência dos usuários ao ar livre.
Para o secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França, o crescimento no número de cadastros desta atividade está relacionado aos trabalhos de promoção e conscientização do Ministério do Turismo junto aos prestadores de serviços turísticos.
“Nossos esforços são incessantes no sentido de sensibilizar os estabelecimentos e profissionais do setor e difundir a importância do cadastro e os benefícios que ele pode aportar aos cadastrados”, destacou.
Dentre as vantagens do Cadastro estão o apoio em eventos, feiras e ações do MTur, o incentivo à participação em programas e projetos do governo federal, a visibilidade nos sites do MTur e do Cadastur, além de acesso a financiamento para melhorias nos serviços.
Quem está no Cadastur também pode obter o Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro do MTur, que estabelece protocolos específicos para 15 atividades turísticas, entre elas, os acampamentos turísticos. O Selo representa um diferencial aos estabelecimentos por ser um símbolo do compromisso em adotar medidas de proteção contra a Covid-19. O cadastro é rápido, gratuito e pode ser feito online, clicando AQUI.
APOIO A OBRAS – Os acampamentos turísticos podem contar com o apoio do Ministério do Turismo em diversas vertentes. Uma delas é o aporte de recursos para obras de melhorias de infraestrutura. Para acampamentos turísticos administrados por entes públicos, o MTur, por meio do Departamento de Infraestrutura Turística (DIETU) da Secretaria Nacional de Infraestrutura Turística (SNINFRA), promove a celebração de contratos de repasse de recursos para apoio a projetos de infraestrutura turística e execução de obras e serviços de engenharia.
Já os acampamentos privados, podem buscar apoio para investimentos via Fundo Geral de Turismo (Fungetur). O Fungetur é uma linha de financiamento operada com recursos do Ministério do Turismo que serve tanto para capital de giro quanto para a realização de obras de construção, modernização e ampliação visando a retomada das atividades, além de reformas em geral nos empreendimentos.
Para acessar o Fungetur é preciso ter registro no Cadastur e procurar uma das instituições financeiras credenciadas a operar a linha de financiamento. As instituições financeiras, por sua vez, farão a análise dos pedidos e aprovação da liberação dos recursos. O financiamento conta com taxas (de até 5% ao ano, acrescida da Selic) e prazos (de até 240 meses) diferenciados para auxiliar empreendimentos turísticos de todo o país. Para saber mais acesse AQUI. (Fonte: Ascom do MTur)
Destinos brasileiros
Costa Marques (RO)
A imagem registrada pelo fotógrafo Roberto Castro traz o Real Forte Príncipe da Beira, a edificação faz parte do Conjunto de Fortificações candidato a Patrimônio Mundial da UNESCO.
Com um perímetro de mais de 900 metros, é uma das maiores obras edificadas pela engenharia militar portuguesa no Brasil Colonial. Está localizado às margens do Rio Guaporé, uma região estratégica para a defesa das fronteiras entre o Brasil e a Bolívia, disputadas por Espanha e Portugal, durante o período do Brasil Colonial, no século XVII.
O Real Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques, no estado de Rondônia, foi o primeiro marco na região, construído há mais de 200 anos e é considerado a maior obra portuguesa fora de Portugal.
ILUSKA LOPES – Jornalista, Especialista em Turismo, Professora, Locutora, Colunista e Diretora de Redação do jornal Tribuna da Imprensa Livre. iluska@tribunadaimprensalivre.com
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