Por Helio Fernandes

Agora alguns fabricantes de vacina falam em 4 ou 5 doses da vacina para que haja algum efeito. Isso levando no mínimo, no mínimo, até o fim de 2021.

Não é pessimismo do mundo, nem otimismo retardado que agora explode de maneira ruinosa, pecaminosa, perigosa, verdadeiramente criminosa.

Quem continua fingindo que domina os acontecimentos, é o Presidente Bolsonaro.

PS- O Presidente da República continua com a sua contradição, afirmando num momento para negar no outro.

PS2- Não há da parte do Presidente da República, uma só afirmação que possa tranquilizar os 210 milhões de brasileiros.

PS3- Ninguém afirma, mas o Presidente está desesperado, incerto, sem consciência e vai afirmando por afirmar.

PS4- Quem sofre é o povo que paga uma vacina que deveria ser rigorosamente de graça, sem que tivesse que pagar qualquer coisa.

O desgaste de Bolsonaro

Nunca, jamais, em tempo algum, um Presidente da República se desgastou e se desmoralizou tanto, quanto Jair Bolsonaro. Todos sabem (menos ele, que ainda não percebeu), que está completamente à margem do processo eleitoral e só chegará a 2022 se houver realmente um milagre divino que permita que um candidato a presidência da República sem votos queira vencer a próxima eleição. Sem cacife, sem gabarito, sem o respeito de 90% dos 210 milhões de brasileiros.

É o último momento do Presidente Bolsonaro. Vinha perdendo tanto, seu desgaste era tão visível, que ninguém acreditava ou acredita que fosse ganhar alguma coisa, se chegasse eleitoralmente vivo em 2022. Mas ele, completamente desgastado, acredita, “que 2022 será o grande ano da sua vida eleitoral” e consequentemente econômica e presidencial.

PS- Mas está dando tudo tão errado, que a expectativa é que ele não chegue eleitoralmente e logicamente presidencialmente em 2022.

Erros e equívocos do presidente

Jair Bolsonaro apesar de ser Presidente da República, terá que pagar pelos tremendos erros, equívocos, leviandades, imprudências durante esse tempo todo em que esteve no Palácio do Planalto, mas não assumiu a Presidência da República.

PS- Vai pagar as contas na primeira eleição em 2022. Não sabe como fará, mas tem que pagar.

PS2- Não pode ficar devendo, pois especialistas estão atentos com tudo de errado praticado pelo Presidente da República.

PS3- Se não teve nenhuma vitória na eleição municipal, não pode ter garantia de recuperação nas próximas eleições.

PS4- Apesar de desesperado, desgastado, desmoralizado, está convencido que será o grande vencedor na próxima eleição.

PS5- Perguntinha ingênua, inócua, inútil, e o Presidente da República as gargalhadas, contabiliza como vitória dele.

PS6- Se perder em 2022, desesperado como está, o que sobrará para ele dentro do jogo político e eleitoral.

Falta a eleição na Câmara e no Senado

Faltam quase 2 anos para a eleição presidencial de 2022. Tudo pode acontecer neste tempo. Além de todas as dificuldades, falta ainda a eleição para os Presidentes da Câmara e do Senado.

PS- Bolsonaro continua insistindo e garantindo que sua reeleição é certíssima e garantida.

PS2- Não tem partido, não recebe convite para se filiar, mas garante que já está reeleito, sejam quais forem os adversários.

A arrogância, a imprudência, a incompetência de Bolsonaro são inéditas na história da República. O Brasil chegou a 200 mil mortes não foi por acaso, e sim pela irresponsabilidade total do Presidente da República.

O Presidente da República, altamente desgastado, continua “posando” de grande vencedor. Mas seu futuro não tem poder de fogo para atingir mais do que alguns metros.

PS- É o primeiro Presidente brasileiro em toda sua história, derrotado antes, durante e depois da eleição.

Métodos fascistas

Brasil e Estados Unidos usam e utilizam os mesmos métodos fascistas para destruir a democracia.

Trump comanda um grupo de extrema direita, reúne multidão e invade o congresso, assassinando 4 pessoas.

No Brasil, o Presidente Bolsonaro em pleno desespero, reúne um grupo enorme de seguidores e usa os mesmos métodos de destruir a democracia.

Invade o Congresso, mata algumas pessoas e sai fazendo declarações como se fosse o grande vencedor.

Trump continua relutante

O quase ex-presidente Trump, pede a união de todos e garante que é o candidato franco favorito na próxima eleição presidencial. “Tem muita gente querendo aparecer como candidato contra mim.

Haja o que houver, minha reeleição está garantida, seja quem for, o candidato que terá a coragem de me enfrentar.”

Constatem a insensibilidade do quase ex-presidente Trump num país de 300 milhões de habitantes.

Com sua arrogância, Trump ainda “briga” para considerar que o Biden vencedor é apenas um usurpador.

Trump que se considera favoritíssimo, não passa de um mistificador. Na verdade ele está apenas jogando com números falsos.

200 mil vitimas fatais do cornavirus

Exatamente há 3 meses, escrevi e comentei que o País atingiria o numero de 200 mil mortes pelo coronavírus e acrescentei: “Qualquer estudante médio de aritmética, saberia prever quando o Brasil chegaria a esses 200 mil mortos”.

Esse dia lamentável foi hoje. Duzentos mil sacrificados, e o Presidente da República, um dos grandes responsáveis por isso, afirmou sem o menor constrangimento: “Lamento profundamente ter chegado a esse número”.

PS- O Brasil chegou a um número vergonhoso, verdadeiramente criminoso e o Presidente da República, um dos grandes responsáveis pelo fato apenas lamenta, e ainda diz que em 2022 será o vencedor na eleição presidencial.

Mercado Financeiro

O MERCADO FINANCEIRO funcionou com exuberância na sexta feira (9).

O dólar vem subindo e hoje fechou em 5,42.

A Bovespa bateu recorde dos últimos meses fechou a 125 mil pontos. Há muito, não chegava a esses números.

A Petrobrás encontrou comprador a 57 dólares o barril do petróleo, recorde absoluto nos últimos 3 meses.

Fonte: Blog do Helio Fernandes – www.heliofernandesonline.blogspot.com


HELIO FERNANDES – Jornalista, decano da imprensa brasileira. Seu primeiro emprego foi na revista O Cruzeiro, quando tinha 13 ou 14 anos de idade, onde entrou a pedido do tio, gráfico de profissão, e lá permaneceu por aproximadamente 16 anos, junto com seu irmão mais novo Millôr Fernandes. A seguir, foi chefe da seção de esportes do Diário Carioca, onde chegou ao cargo de secretário, semelhante ao atual editor. Quando o jornal fechou, foi ser diretor da revista Manchete. Após o final do Estado Novo, em 1945, cobriu a Assembleia Constituinte de 1946, onde conhece o jornalista Carlos Lacerda, com quem teve longa relação profissional e de amizade. Trabalhou como jornalista no recém-lançado jornal Tribuna da Imprensa. É o único jornalista ainda vivo que participou da cobertura da Assembleia Constituinte de 1946. Foi assessor de imprensa de Juscelino Kubitschek durante a campanha deste à presidência da república em 1955, quando viajou por todo o pais acompanhando o candidato. Após a campanha, polêmico como sempre, volta ao jornalismo de oposição ao governo que ajudara a eleger. Trabalha também na televisão, num programa onde comenta a situação política, com sucesso. No começo da década de 1960, Helio Fernandes adquire o jornal Tribuna da Imprensa, fundado alguns anos antes por Carlos Lacerda agora governador do estado da Guanabara. Vários jornalistas importantes dessa época ganharam destaque com ele, como Paulo Francis e Sebastião Nery. Jornalista sempre polêmico e com ideias de esquerda, já era perseguido antes do Golpe Militar de 1964, preso pela primeira vez em julho de 1963 por ordem do Ministro da Guerra de João Goulart, general Jair Dantas Ribeiro. Após onze dias preso, quatro deles incomunicável, foi libertado por ordem do Supremo Tribunal Federal. Foi o redator do manifesto pela Frente Ampla, lançado por Juscelino, Lacerda e João Goulart e chegou a ser candidato a deputado federal pelo MDB, mas teve seus direitos políticos cassados em 1966. Com a violenta censura à imprensa imposta principalmente com o AI-5 em 1968, foi preso várias vezes, inclusive no DOI-CODI, foi afastado compulsoriamente do Rio de Janeiro e obrigado a passar períodos de exílio interno em Fernando de Noronha e em Pirassununga(SP). Ao contrario de outros donos de jornal, nunca aceitou a censura e nunca deixou de tentar publicar as notícias do período. Seu jornal foi o que mais sofreu intervenção durante o Regime Militar: teve mais de vinte apreensões e censores instalados dentro de seu prédio por dez anos e dois dias. Em 1973 foi preso por seis dias no quartel da Polícia do Exército na rua Barão de Mesquita. A sede do jornal chegou a ser alvo de um atentado a bomba, poucos dias antes do Riocentro, já na época final da ditadura militar, em 1981, mas no dia seguinte o jornal estava nas bancas. Além de irmão do Millôr, Helio Fernandes é pai dos jornalistas Rodolfo Fernandes e Hélio Fernandes Filho (fonte: Wikipédia)