Por Miranda Sá

“Um símbolo sozinho pode não representar nada, mas se todos se juntam, um símbolo pode significar muito, pode significar a mudança de um Pais” (‘V’ de Vingança)

Plotino, um dos principais filósofos gregos da antiguidade, que os estudiosos de sua obra notabilizaram criando para ele o termo “neoplatonismo”, deixou-nos um notável pensamento: – “Tudo é símbolo. E sábio é quem o lê em tudo. ”

A palavra Símbolo vem da Grécia Antiga, “symbolon” (σύμβολον), significando um tipo de signo que, mesmo de simplicidade extrema, representa algo abstrato. Uma figura que vai de propostas interpessoais até algo grandioso como uma divindade, uma ideia, uma nação, um protesto, uma revolução.

O verbete dicionarizado é um substantivo masculino figurando num desenho, num som e até num gesto, algo relacionado com o cotidiano das pessoas. A química o adota para os elementos atômicos da tabela periódica e o cristianismo com a cruz, o ícone do martírio de Jesus.

Aliás, os primeiros cristãos adotaram como símbolo a configuração de um peixe; só mais tarde a cruz se popularizou quando foi adotada como religião oficial do Império Romano. História ou lenda, registrou-se que Constantino, tornado imperador sem muita legitimidade, para conquistar o apoio do cristianismo divulgou que olhando para o céu viu nuvens em forma de cruz e a inscrição: “In hoc signo vinces” (“Com este sinal vencerás“).

Eram vésperas da batalha em Adrinopla e os cristãos se negavam a pegar em armas (como fazem ainda hoje as Testemunhas de Jeová), decidiram acompanhá-lo, saindo vencedores. Ele, garantindo o poder; e eles, legalizando a sua religião.

A força do símbolo alcançou o dia-a-dia de todos os povos, nos quatro cantos do mundo. A publicidade é riquíssima de logotipos e logomarcas, reconhecidas até por habitantes das regiões mais remotas; a Internet trouxe para as redes sociais os emojis, emoticons ou smiley, com as representações artísticas de animais, caveira, coração, estrelas, flores, gestos mímicos e sinais matemáticos.

Os partidos políticos procuram com símbolos atrair aderentes, uns que passam despercebidos, outros que ficam marcados pela tendência totalitária das ideologias e a disposição ao fanatismo dos seguidores, como a foice e o martelo dos comunistas, o fascio dos fascistas italianos e a cruz gamada dos nazistas.

Desses mais consideráveis signos da política contemporânea, nasceram algumas caricaturas derivadas, e entre elas surgiu a estrela petista roubada dos arquétipos fixados primitivamente no inconsciente coletivo.

Assim, pela vocação lulopetista de se apropriar do poder e de tudo que o poder concilia, eles começaram roubando a estrela dos poetas, namorados, seresteiros e sonhadores para depois assaltar a Petrobras, as empresas estatais e os fundos de pensão.

Não deveria ser a estrela a alegoria do Partido dos Trabalhadores como se comprovou no desprezo pelo povo que o levou ao poder elegendo o pelego Lula da Silva, corrupto e corruptor, presidente da República.

Pela ingratidão demonstrada e a adoção do anagrama de símbolo, “lobismo”, na imaginação popular o PT exprimiria o que o fabulista La Fontaine propôs:  “o símbolo dos ingratos não é a Serpente, é o Homem”. É por isso que Lula se assume como “jararaca”.

Um símbolo curioso é imagem da Justiça. É estranha e imponderável os seus olhos vendados; os otimistas dizem que é para não fazer distinção entre os que estão sendo julgados… esses distintos veem também equilíbrio na balança e a força na espada. Será que esse julgamento é imparcial ou igual ao dos togados que atropelam a lei para soltar os seus bandidos de estimação?