Por Iata Anderson –
Logo que terminou o jogo que classificou a Argentina para a segunda semifinal da Copa América, acessei o computador e vi a matéria sobre Zico, sendo homenageado no Japão. Foi escolhido pelo Comitê Olímpico para conduzir a tocha olímpica em sua passagem por Kashima, onde o maior ídolo do Flamengo jogou de 1991 a 1994.
Hoje foi dia de conexão Brasil-Japão no revezamento da tocha #Tokyo2020 com "Zico San" do @Flamengo, Kashima Antlers, seleção brasileira e japonesa conduzindo a chama Olímpica.
Arigato, @Galinho1953! Faltam 19 dias! #StrongerTogether pic.twitter.com/VzM1VNm1HW
— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) July 4, 2021
A homenagem se estendeu por todo o país, onde Zico é grande ídolo como jogador e diretor técnico do Kashima Antlers e técnico da seleção japonesa. A cidade vai sediar uma das semifinais do futebol masculino e com certeza a estátua do “Galinho”, na frente do estádio do Kashima será um dos pontos mais visitados.
Fiquei feliz e orgulhoso ao mesmo tempo, por ter acompanhado toda sua carreira, possuir todas as camisas que ele usou como jogador e desfrutar de sua amizade, o que prezo muito. Mais uma vez nos curvamos diante dos estrangeiros que parecem conhecer nossos ídolos melhor que a gente.
Foi assim com Pelé, “coroado” rei pelos franceses, muito antes de nós. Alguns ainda relutam em reconhecer sua “majestade” no futebol até hoje. É o que Nelson Rodrigues chamava “Complexo de vira latas”, com a lucidez de suas frases marcantes. Tem sido assim e não vai mudar nunca.
Não basta matar um leão por dia, nem posso imaginar quantos serão preciso para que nossos verdadeiros “heróis” sejam reconhecidos. Menos mal que o exemplo de Pelé serviu para amenizar o sentimento de injustiça – se um dia existiu – que possa ter passado pela cabeça do “Galinho” em algum momento.
Se não passou pela dele, não sai da minha a injusta cobrança que foi feita durante o período que Zico encantou os torcedores de todo o mundo com seu magnífico futebol.
Entre tantas asnices ditas a seu respeito a que menos machuca é a de ser “jogador de Maracanã”. Com toda certeza, foi no maior palco do futebol mundial que o craque viveu seus melhores momentos, batendo recordes e conquistando títulos, insuperável, imbatível, pelo Flamengo ou pela seleção brasileira.
A CBF poderia aproveitar a próxima Copa do Mundo e mandar fazer uma estátua para o “Rei do Maracanã”, homenagem justa e necessária para quem escreveu belíssimas páginas para a história do mais emblemático estádio de futebol do mundo. Continua vivo na memória dos rubro-negros a música eternizada por Morais Moreira sobre o camisa 10 da Gávea:
“Agora como é que eu fico, nas tardes de domingo, sem Zico no Maracanã”.
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
MAZOLA
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