Por Miranda Sá

“Lembrai-vos que as grandes proezas da História foram conquistas daquilo que parecia impossível.” (Charlie Chaplin)

Fazendo a sesta (de uns anos para cá obrigatória) chegou-me à lembrança entre um cochilo e outro a fábula dos insetos, em que quase todos, menos as borboletas, caíram na gargalhada quando a lagarta disse que ia voar. As borboletas sabem que tal milagre acontece sempre; para elas é rotineiro.

Talvez esvoaçando como uma borboleta, alguém escreveu que o impossível ocorre quase sempre. Atravessando agora a Era de plena mediocridade das elites mundiais e muito especialmente no Brasil, onde uma pororoca de idealismos insignificantes, ideologias distorcidas e personalidades medíocres parecem tornar impossível a nossa confiança no futuro.

Isto desorienta os mal informados e vacilantes. Lembramos-lhes porém que nem tudo está perdido. A Mentira reinante, de um lado e do outro, ainda não conseguiu alcançar os corações e as mentes da maioria dos brasileiros. Vamos então analisar e refletir em tempo de eleições.

Pelos inesquecíveis casos ocorridos nos governos lulopetistas, com o pelego Lula se regalando de propinas das empreiteiras, trazendo a sua condenação em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro. Quem tem memória sabe que não é por acaso que registra alta rejeição do eleitorado, apesar do ativismo condescendente da mídia e da militância.

É igualmente inegável a objeção negativista (a palavra cabe aqui como uma luva) ao capitão Bolsonaro. Pelas pesquisas de opinião de vários institutos, registra-se contra ele uma desaprovação maior que aprovação. Não tem caneta Bic, subserviência ministerial, verbas secretas para picaretas e distribuição de benesses, que diminuam este desabono eleitoral.

Vê-se assim, neste quadro surrealista, duas figuras disformes que trazem em si semelhanças indesmentíveis, com traços e cores quase iguais, na tela apreciada pelos seus admiradores míopes pelo fanatismo.

Em números contabilizados nas pesquisas igualam-se 30% para cada um, refletindo os votos cativos que possuem; e a sutil diferença percentual entre eles, reduzida, é de oito a dez por cento, sem levar em conta a margem de erro….

Nesta exposição não se justifica o ceticismo reinante ao surgimento de um “tertius” que desequilibre a macabra polarização entre o ruim e o pior. Esta descrença nos leva a divergências, censuras e até desaprovação coisas vistas antes das descobertas científicas sobre a circulação do sangue, a descoberta de bacilos e a criação de vacinas. Mas tudo foi superado ao longo da História.

Não é preciso citar também coisas que circulam na mídia, com o obscurantismo religioso combatendo o geocentrismo astronômico e mentindo sobre as vacinas; são insanidades dos que seguem uma religião mal-entendida e surfam beatamente na lama da ignorância.

Algumas opiniões mostram “que precisamos de mais pessoas especializadas no impossível”, como citou alguém que não me lembro quem e quando. Acredito que, em se achando esse especialista, ele encontrará decerto a maneira de livrarmo-nos do populismo corrupto, travestido de “direita” e de “esquerda”.

… E para derrubar as trincheiras do impossível, como foi feito com o Muro de Berlim, pensamos na renovação nas assembleias legislativas, no Congresso Nacional e mais audaciosamente na presidência da República que os dois populistas baratos Capitão Minto e o Pelego Lula, disputam, assemelhados pelos propósitos personalistas já comprovados.

MIRANDA SÁ – Jornalista profissional, blogueiro, colunista e diretor executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril, as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã; Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo. mirandasa@uol.com.br

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


PATROCÍNIO


Tribuna recomenda!