Por Iata Anderson –

Deve ser doloroso o sujeito sair de casa para trabalhar em qualquer veículo de comunicação, sabendo que terá que agradar ao torcedor, fazer media, dizer o que não concorda, ser politicamente correto para defender o leite das crianças.

Os tempos mudaram, não era assim. A gente apurava, criticava e às vezes até ajudava, hoje não, basta derrubar o treinador e estará tudo resolvido. É o caso do Flamengo, hoje o pior time do Rio, se podemos chamar de time aquele amontoado que toma gol com pouco mais de trinta segundos, de um adversário muito ruim, o único campeão brasileiro invicto, hoje também vivendo do passado. Foi o que sobrou do futebol carioca, desorganizado, mal dirigido, salvou-se apenas as gigantescas torcidas dos quatro grandes clubes. Um, recém-saído da segunda divisão, outro ainda por lá, mais dois (FlaxFlu) um caindo pelas tabelas, com honrosa exceção para os tricolores, que tem mais cara de time que os outros.

Lamentável a situação do Flamengo, obrigado a trocar de treinador para satisfazer parte da imprensa, repito, mais inclinada a agradar torcedores que qualquer outra coisa.

O novo “treinador” foi a campo vendo a casa cair e fazendo o mesmo que seu colega português demitido como se fosse o remédio para o mal que assola a Gávea. Mais fácil trocar um que trabalha, dá o seu melhor, por um bando que, aparentemente, não está nem aí para o aumento da gasolina. O que esperar mais de certos jogadores, desinteressados, lentos, fora de forma, mal posicionados, caso de Marinho, torto pela direita, onde não consegue cruzar uma bola, bom jogador que é, pois “tem apenas a perna esquerda”, um erro mundial de posicionamento, copiado por quase todos os técnicos. Perdeu, quase foi goleado, com oito jogadores da histórica temporada de 2019, como se fosse possível repetir aquela campanha. Só não vê isso a diretoria ou quem não consegue mesmo enxergar os erros, como a maioria dos comentaristas de televisão, inventores do inexistente 4-1-4-1. Dorival não fede nem cheira é mais um candidato a cair. Repito, técnico não ganha nem perde jogo sozinho. Não adianta trabalhar se os caras em campo nada fazem. Só um pitaco, João Gomes não pode ser barrado nesse time.

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Muito bom ver o Vasco jogar, inflamando a torcida, enchendo estádios, deixando o suor em campo, como se fosse a última vez. Liderança técnica e moral de Nenê, aos 40 anos, mostrando futebol de craque que é, muito superior àquele que mais parecia o Neymar , em temporadas passados, muito mais pelo tanto que caía, que pelo futebol requintado que sempre teve. Sabe os atalhos, tem excelentes domínios, passes e cruzamentos, base para formação do bom jogador. Rigorosamente, mais uma excelente criação da base, o jovem Pec e a ótima revelação Figueiredo, com jeito de craque. O resto, como se fosse pouco, muita disposição, bom preparo físico e uma absurda vontade de vencer, que o levaram a fazer parte do G4, em terceiro lugar. Nem sempre um grande time é formado por jogadores de grife – tenho dito há muito tempo – como seu arquirrival rubro-negro.

Flamengo e Vasco, no Maracanã (Alexandre Vidal / Arquivo / Flamengo)

O Real Madrid comunicou oficialmente que fará homenagem de despedida a Marcelo, recordista de títulos na história vencedora do maior clube de futebol do planeta. Será na Ciudad Real Madrid, em Valdebebas, às 13 horas desta segunda-feira, com a presença do presidente Florentino Pérez. Depois de Rüdiger, o Real anunciou oficialmente a contratação do volante (Aurélien) Tchouaméni, 22 anos, 1,90 m, apontado como maior revelação do futebol na Europa. Contrato para seis temporadas, valendo 80 milhões de euros, o jogador descartou propostas do PSG para reforçar o meio campo do campeão espanhol e europeu, Tchouaméni teve a melhor nota em desarmes na última temporada, quase 6,70 a cada 90 minutos, marca que o levou a titular da seleção francesa, ao lado de Kanté. Ainda nesta segunda, o clube comemora 66 anos do primeiro título da Champions, em 13 de junho 1956, quando derrotou o Stade de Reims por 4×3, de virada, no Parque dos Príncipes, em Paris. Rial (2), Di Stéfano e Marquitos marcaram para os espanhóis, que estavam perdendo 2×0 nos primeiros minutos de jogo. Time campeão teve Alonso, Atienza II, Marquitos, Lesmes II, Muñoz, Zárraga, Joseíto, Marsal, Di Stéfano, Rial e Gento. Os brancos venceriam as quatro edições seguintes, único clube tetra e pentacampeão do maior torneio de clubes do mundo.  Fechando a semana de boas notícias, o clube anunciou oficialmente a renovação de contrato de Luka Modric, por enquanto inegociável, candidato a lenda com 20 títulos, cinco da Champions,  podendo se igualar a Paco Gento como maior vencedor do torneio europeu. Modric jogou 436 partidas, estreou vencendo a Supercopa da Espanha, contra o Barcelona, em 29 de agosto de 2012, foi escolhido melhor da copa do mundo na Russia, Bola de Ouro e considerado o xodó da torcida merengue, sempre aplaudido de pé quando é substituído.

Marcelo levanta o 14º título europeu do Real Madrid no Stade de France. (Getty/One Football)

99,9 % dos jogadores brasileiros põem a bola a um dedo acima da marcação do corner. Perde-se um tempo enorme, somando cada ação dessas, visto que obriga os árbitros a se deslocar para ver a posição correta, antes da cobrança. Há que se tomar uma posição, se houvesse um Departamento de Árbitros decente, porque assim não dá para continuar. Ou se destaca o “quinto árbitro” para esse fim ou passa a advertir com cartão amarelo, o que acho mais sensato. Acaba em um mês essa palhaçada.

Mais um modismo, esse muito longo, que parece não ter fim.

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Impossível não comentar a atuação de Stephen Curry, do Golden State Warriors, nas duas vitórias contra o Celtics Boston, decidindo a recente temporada da NBA. A decisão segue empatada (2×2) e a quinta partida será nesta segunda-feira (13-06), em San Francisco, às 22 horas. Lamentável as atuações de Kley Thompson, que não se recuperou tecnicamente depois de dois anos sem jogar, por causa de duas cirurgias.

Curry carrega o time nos ombros, com muito talento. Joga demais.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.


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