Por Iata Anderson –
Vivemos numa época de medo, literalmente. De falar, até mesmo quem é pago, e muito bem, para isso. Existe uma censura velada, encoberta pelo “politicamente correto”, que termina salvando a pele de muita gente.
Quando ouvi, pela primeira vez, que “veterano” foi substituído por “experiente” a coisa mudou e virou uma confusão só. Não pensem que foi por acaso que “mendigo” virou “em situação de rua” e outros milhares de baboseiras repetidas em todas as TVs e rádios. Há, por trás desse conluio um sistema bem montado para destruir nossa gramática, nivelar por baixo, para que algum grupo seja beneficiado. Quanto mais baixaria melhor. É assim nas transmissões esportivas e não vou me alongar.
Ligue a TV e comprove, não vou perder meu tempo com isso. Até porque tiro o som e ligo no Garotinho, Penido, Edson Mauro, Apolinho, Gerson, Eraldo, mesmo com “delay” de três segundos. Mas fico satisfeito.
Parei prá ver o Barcelona depois da saída de Messi, não vi a estreia, com muitos desfalques e apenas três remanescentes do grande e vitorioso time que começou com Guardiola e encantou o mundo. Piqué, que saiu machucado, Busquets e Jordi Alba, todos veteranos mas importantes na estrutura dos culés, que foi buscar o empate depois de dominado no primeiro tempo pelo Athletic, no San Mamés, Bilbao. Foi a noite de De Jong e Manphis, que empatou o jogo no melhor estilo centro-avante artilheiro. Nem precisava dizer, claro que Messe fez muita falta, como outros titulares, mas terá que ser assim até que as coisas voltem ao normal, questão de tempo.
Muito bonita a distribuição dos torcedores guardando distancia, na arquibancada. O futebol europeu tem nos oferecido bons ensinamentos, pena que nossos jogadores já sabem tudo, são técnicos ao extremo, sábios, respeitosos e educados, não precisam aprender nada, nem com um 7×1 no lombo, em casa, Copa do Mundo.
E já vamos para a “quinta” sem título.
Por aqui, exceção do Flamengo que não para de crescer, dá pena ver a que ponto chegou o futebol do Rio de Janeiro, que já foi chamado de “mais charmoso” hoje abrigando duas de suas grandes forças na segunda divisão (que a mídia passou a chamar Série B para minimizar o baque) brigando para voltar à elite do brasileiro e atolados em dívidas. Muito triste.
O Fluminense vai aos “trancos e barrancos”, também brigando para se afastar da zona de perigo, ele que já andou pela terceira divisão. Eliminado da Libertadores demitiu o técnico, coisa corriqueira, melhor que trocar algumas peças, mesmo para um potencial formador de craques, para vender. Acaba o dinheiro e fica sem jogador.
Foi-se o tempo dos Fla x Flus lotados, de Vasco x Flamengo, “clássico dos milhões”, sempre disputado com mais de 100 mil pagantes e General Severiano cheio para ver Garrincha, Didi, Nilton Santos, Amarildo, Jairzinho, Roberto Miranda, Paulo Cesar, chega, é muito sofrimento relembrar esse pessoal.
Vale destacar o troca-troca, do genial presidente Francisco Horta, que revolucionou o futebol carioca. Hoje, numa boa, estamos pagando a conta da incompetente turma do charuto e champanhe, que a mídia adorava.
Com juros e correção monetária.
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
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