Redação

Face à pandemia da Covid-19, a China submeteu-se a uma verdadeira prova sem ter um livro de referência e nem respostas para procurar, enquanto os Estados Unidos da América fazem a prova com um livro de referência disponível com respostas existentes oferecidas pela China. Como resultado, apesar de ter tido uma dificuldade maior, a China obteve uma nota excelente, enquanto os EUA não passaram no exame! A razão pela qual o contraste foi tão grande não é porque a China “colou no exame”, como argumentam algumas pessoas com intenções insidiosas, mas, sim, a falta de esforços dos EUA.

As sabedorias e as experiências do povo chinês na luta contra as pragas ao longo de milhares de anos são incomparáveis para os norte-americanos. Aconteceram mais de 500 pragas na história chinesa, dentre as quais mais de 300 foram em escala maior. Em 1910, levou apenas 67 dias para o jovem Dr. Wu Liande controlar a epidemia de peste no nordeste da China. O método que Dr. Wu usava não foi diferente do usado para combater a Covid-19 em Wuhan: antes de tudo, colocar o monstro feroz do vírus preso numa gaiola, para que ele morra gradualmente.

O Dr. Wu Liande. Crédito: Cilisos.

Conforme pesquisas da revista Science, a quarentena total da Cidade de Wuhan protegeu ao menos 740.000 pessoas fora da área de contágio da Covid-19. Hoje em dia nos EUA,  em vez de ser preso, o monstro ainda está correndo em todos os lugares, tornando-se cada vez mais forte e bárbaro, e comendo cada vez mais pessoas. Os políticos norte-americanos desdenham as experiências chinesas que se comprovam eficazes no combate à Covid-19, deixando o povo norte-americano pagar um preço muito caro!

Os sentimentos dos líderes chineses de “colocar o povo em primeiro lugar” e de valorizar a segurança da vida do povo são escassos para os políticos norte-americanos. Há mais de 2.300 anos, Mencius defendia a importância de se “valorizar o povo”. Os comunistas chineses enaltecem o pensamento tradicional chinês de tratar o povo como raiz. Mao Zedong praticava ao longo da sua vida o princípio de “servir ao povo de todo o coração”. O Secretário-Geral Xi Jinping salienta que “os interesses do povo estão acima de tudo”. Durante a batalha contra a Covid-19, ele sempre destaca que “a segurança da vida das massas deve ser colocada em primeiro lugar”.

Por isso, o governo chinês conseguiu suspender decisivamente as atividades econômicas em todo o país no início do surto da Covid-19 e decidir, sem hesitação, tratar todos os pacientes infectados gratuitamente, independentemente da idade, com a defesa da vida em primeiro lugar. No entanto, ainda está em debate nos EUA qual é o mais importante: se a economia, a eleição ou a vida humana.

Neste debate insensível, muitas pessoas com sintomas de infecção foram rejeitadas para fazer o teste, muitos idosos foram abandonados e muitas pessoas infectadas de Covid-19 foram recusadas para tratamento por não terem seguro médico. Tudo isso faz com que o número de mortes nos EUA já ultrapasse o patamar de 60 mil e ainda esteja subindo rapidamente!

Crédito: Xinhua.

As vantagens sistemáticas e institucionais próprias da China no combate à Covid-19 estão muito além das norte-americanas. A eficiência extremamente alta em tomar decisões, bem como a vigorosa capacidade de organização, mobilização e aplicação das decisões, garantem a extraordinária capacidade do governo chinês de descobrir, conhecer e resolver problemas de modo a elaborar rapidamente políticas nacionais de combate à Covid-19 que são executadas rigorosamente no país inteiro, desde as maiores cidades até as menores aldeias, implantando um mecanismo de prevenção e controle conjunto da pandemia.

Dos líderes nacionais às pessoas comuns, toda a população de 1,4 bilhão de habitantes usava máscaras e ficava em isolamento social em casa, diminuindo as saídas ao mínimo possível. Foram construídos rapidamente vários hospitais de campanha como o de Huoshenshan e de Leishenshan. Dentro de poucos dias, 100 mil médicos, enfermeiros e técnicos antiepidêmicos de todo o país foram convocados para apoiar o combate do vírus em Wuhan. Tudo isso só poderia acontecer na China, onde a gente vê que todo o país está focado em combater a Covid-19 com alta eficiência.

Nos EUA, o que a gente pode ver é um interminável “jogo de culpa” entre o presidente e o Congresso, os governadores e a mídia, entre o Partido Republicano e o Democrata, entre o governo federal e os governos estaduais, bem como entre o governo e os especialistas e o público. A política doméstica estadunidense fez com que a maior potência do mundo não conseguisse, por meses, elaborar uma política antiepidêmica eficaz. O resultado só podia ser este: quando tiveram que enfrentar realmente a Covid-19, nem o governo, nem o povo sabiam o que deviam fazer!

A atitude científica e o espírito de responsabilidade da China no combate à pandemia são o que mais falta nos EUA de hoje. Visando cortar a cadeia de infecção, elo central do combate à Covid-19, o governo chinês convidou notáveis cientistas, como o Dr. Zhong Nanshan, para formular o plano detalhado de trabalho, aderindo estritamente ao princípio de “Quatro Cedos”, nomeadamente: detecção cedo, teste cedo, quarentena cedo e tratamento cedo, garantindo ações rápidas, medidas rigorosas e cobertura universal. Nos EUA, ao contrário, os seus dirigentes tinham uma autoconfiança misteriosa ao dizer que só a raça amarela pegaria esta doença, e também repetiram na TV que “isso é apenas uma gripe” e que “o vírus desaparecerá milagrosamente em breve”.

Nos EUA, quem preside a formulação das medidas contra a pandemia não são eminentes cientistas como Dr. Fauci, mas sim políticos que nada sabem sobre como conter a pandemia. Em vez de confiar em Dr. Fauci, os políticos preferem pedir ajuda aos bruxos e até recomendar ilogicamente “a injeção de desinfetante”. Quando percebem a seriedade do problema, em vez de tentar resolvê-lo, continuam a se esforçar em culpar outros países para transferir a sua responsabilidade.

A gigante coesão e força de combate desempenhada pelo povo chinês na guerra contra a Covid-19 é inimaginável no ambiente social e na atmosfera cultural norte-americanos. Diante da pandemia, o povo chinês demonstrava virtudes de solidariedade, contribuição, perseverança, autodisciplina, calma, raciocínio e otimismo. Em vez de queixar-se de terem tido azar, os chineses participavam ativamente da luta contra a Covid-19.

Não aconteceu nenhum caso de saques no banco e de compras em grande quantidade por pânico de desabastecimento, de assalto ou de tumultos durante os 76 dias de bloqueio total de Wuhan, uma metrópole com mais de 10 milhões de habitantes. Além da “seleção nacional” de médicos e enfermeiros convocados pelo governo, houve também um grande número de voluntários que participaram do combate à Covid-19 em Wuhan. Muitos agricultores dirigiam caminhões cheios de vegetais caseiros, percorrendo milhares de quilômetros de ida e volta, várias vezes, para apoiar Wuhan.

Tudo isso foi possível graças ao espírito nacional e a tradição cultural que têm como núcleo o coletivismo e o patriotismo, mas também aos fatores realistas como o carinho e a confiança do povo no Partido Comunista Chinês e no governo chinês. Nos EUA, no entanto, parece que muitas pessoas consideram a chamada democracia e a liberdade contraditórias ao combate à Covid-19 e à salvação da vida, razão pela qual se tornam comuns as ações absurdas e irracionais sem solidariedade e autodisciplina. Isso agravou bastante a desordem e confusão da sociedade e enfraqueceu os esforços no combate à Covid-19.

Os enormes poderes financeiros, tecnológicos da China no seu combate à Covid-19 deixaram até os EUA apequenados. Só no mês de março, a China já investiu mais de 120 bilhões de RMB na luta contra a Covid-19, e aumentará o investimento no futuro. Através de um aplicativo de celular com “código de saúde” em cores diferentes, desenvolvido pela China usando a tecnologia de big data, pode-se saber se o dono do código teve contato próximo com um caso confirmado ou suspeito. O capacete inteligente da polícia militar leva cerca de 1 minuto para detectar, entre 200 pessoas, quais estão com temperatura anormal.

Em muitas áreas urbanas e rurais são usados drones para supervisionar o isolamento social. Além disso, a medicina tradicional chinesa tem sido usada no tratamento dos pacientes de Covid-19, com uma taxa de eficácia de mais de 90%, desempenhando um papel fundamental no aumento da taxa de cura e na redução da taxa de mortalidade.

Nos EUA, onde as finanças públicas estão no “nível de um país pobre”, o governo não consegue assumir os custos dos testes em larga escala, nem de tratamento do público. Os EUA não transformaram sua vantagem em ciência e tecnologia sofisticada em produtividade contra a Covid-19, nem possuem um recurso afiado como a medicina tradicional chinesa. Caros amigos e amigas do Brasil, se conhecerem realmente as enormes diferenças entre a China e os EUA nas áreas mencionadas, vocês entenderão por que foi a China, mas não os EUA, que conseguiu controlar a Covid-19 num período relativamente curto, com taxa de mortalidade relativamente baixa.

Li Yang

Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro


Fonte: Revista Intertelas