Redação

O Senado dos Estados Unidos votou nesta 6ª feira (1º.jan.2021) por anular o veto do presidente Donald Trump ao projeto anual da Defesa, que previa gastos de US$ 740 bilhões (cerca de R$ 3,8 trilhões) nas áreas de segurança nacional e política externa.

A Casa Alta do Capitólio seguiu a decisão da Câmara. A derrubada do veto foi apoiada pela maior parte dos senadores republicanos. Foram 81 votos pela anulação e 13 contra. Eram necessários 67 votos (2/3 da Casa) para confirmar a decisão dos deputados.

Esse é o 1º veto de Trump anulado pelo Congresso desde q ele assumiu, em janeiro de 2017. Deve ser o único, a 19 dias da transição para o democrata Joe Biden. A NDAA (em português, Lei de Autorização de Defesa Nacional) é aprovada com apoio bipartidário no Congresso desde 1967.

No veto, o presidente disse que o projeto é um “presente para Rússia e China”.

“Infelizmente, a lei inclui disposições que não respeitam nossos veteranos e a história de nossos militares, e contradiz os esforços da minha administração para colocar a América em 1º lugar em nossas ações de segurança nacional e política externa”, disse Trump em 23 de dezembro.

Um dos motivos para o veto era que Trump queria anexar uma disposição para eliminar a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, que protege empresas de tecnologia da responsabilidade pela maioria dos conteúdos publicados por seus usuários.

Na 2ª feira (28.dez.2020), a Câmara dos Representantes votou para anular o veto com 322 a favor e 87 contra. Dezenas de deputados republicanos votaram com os democratas na sessão.

A derrubada é mais um sinal de desligamento de parte dos republicanos junto ao futuro ex-presidente dos Estados Unidos. A relutância em aceitar a derrota para Biden desgastou o apoio quase unânime que Trump tinha no partido.

Ainda esta semana, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, travou a votação simbólica para aumentar o auxílio emergencial aos norte-americanos de US$ 600 para US$ 2000. É um desejo de Trump que tem o suporte dos democratas. A Câmara já aprovou. O Senado deliberará sobre a medida em breve


Fonte: Poder360