Por Guilherme Kroll

Estou escrevendo essa crônica num domingo ensolarado.

Domingo?

Péra aí! Agora que estou percebendo que é o vigésimo dia consecutivo com alma de domingo.

E o que é o pior, domingo sem Flamengo… ou seja, domingo desalmado.

Logo eu, um workaholic assumido… que nem sabia o que era “domingo de pijamas” na minha vida.

Acho que vou perder o certificado Iso 9000… no meu caixão.

Estou em Macaé… e a única diversão que tenho é ajudar o pedreiro…

que segue trabalhando na obra de crescimento da minha casa.

Ele deve ser fã do Bolsonaro. Não parou de trabalhar nem um dia sequer.

Garanto o transporte…

e fico grato pela oportunidade de poder sair de casa, mesmo que seja só para apanhá-lo de carro.

Sobrevivi da minha viagem à Barranquilla. Nada aconteceu pelo fato de ter tirado fotos com Jesus.

Permaneci horas em muitos aeroportos da América do Sul.

Abracei o Maurício Gomes de Matos, de quem sou muito fã… na Colômbia, na Gávea, no lançamento do busto do Andrade… e no campo do Zico.

Passei até por uma reunião de duas horas com o Landim… promovida pelo Grupo Fla-Raíz.

Realmente, o vírus não anda interessado em mim.

Por falar em Bolsonaro e Landim…

acho que é uma nojeira ficar fazendo política num momento tão crítico da nossa história.

Votei no Bolsonaro…

mas será que ele não pode aprender alguma coisa com o estadista rubro-negro?

Cada live do Landim… cura um pouco as doenças do mundo.

Sou filho do Comandante Kroll… e fui criado com outros valores.

Sempre procurei me espelhar em grandes personagens da nossa história.

Amo estadistas equilibrados.

Pessoas especiais, com caráter… mas prontos para conviver com o contraditório e a pressão.

Infelizmente, esse naipe rareou no esporte.

E olha que esporte é sinônimo de atitude e dominação.

Tem gente que não entende o que penso.

Fui convidado para ser técnico de basquete do Flamengo em 1978.

Vivi, diariamente, uma era incrível da história rubro-negra.

O Cláudio Coutinho, sempre que podia… assistia aos treinos de basquete…

e nos convidava para conversar na sauna do futebol profissional.

Viajei várias vezes com Zico e cia.

Tenho certeza de que “overlapping”, “diagonais quebradas” e “ponto futuro” nasceram em jogadas de basquete.

Não é a toa que Jorge Jesus também frequenta o Maracanãzinho.

Fui à todos os jogos de futebol do Flamengo na década de 80. É lógico que sempre que a agenda do basquete permitia.

Em 2019, déjà vu.

Finalmente surgiu gente capaz de superar a primeira gestão do Márcio Braga…

e levar nossa Nação para outro patamar.

Enfim…

o jeito é esperar.

Estou na fase de acabamento de uma casa de 400 metros quadrados. Ela é, no mínimo, um ótimo investimento.

Hoje, fiquei horrorizado com o preço das calhas.

Pesquisei muito e consegui pela metade do preço inicial.

Enfim, calha é algo muito importante. Tem hora que temos que nos calhar.

Por falar em calhas…

O Landim não precisa calhar.

Sempre demonstra enorme preparo para o enfrentamento de qualquer tipo de crise.

Quanto ao meu presidente Bolsonaro…

em quem votei e continuo esperando atitudes a altura do seu compromisso com o Brasil…

que tal entender que os governos passados investiram num projeto de poder e corrupção…

que ainda capitalizam fortunas em paraísos fiscais…

e  possuem alto número de influenciadores na cultura, na educação e na comunicação?

O que adianta ficar confrontando naquilo que eles fazem de melhor?

Vamos continuar com o projeto “Corrupção Zero”.

Que tal lançar o projeto “Boçalidade Zero vírgula Um”?

Deixe seus craques trabalharem!

Não é verdade que, em setembro, o Toffoli cede lugar ao Fux?

que, em poucos meses,  alguns ministros do Supremo saem… para que novos membros sejam indicados pelo presidente do Brasil?

e que, ainda esse ano, termina a concessão da Rede Globo?

Pois então.

Vamos fortalecer quem torce pelo Brasil.

Deixe o comportamento imaturo para os torcedores desequilibrados.

Lembre das calhas!

E acredite que, com Rafinha, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Éverton Ribeiro, Gabigol e Bruno Henrique na seleção…

todos voltarão a acreditar no Brasil.

A hora da calha. Foto: Guilherme Kroll (em quarentena)

GUILHERME DE LIMA KROLL é empresário, presidente da KROLL Produções e Marketing, técnico em Basquetebol (formado na USP/1990 – 1991), professor de Educação Física (Licenciatura pela UERJ/1978 – 1984), editor do blog ‘Para Quem Entende de Flamengo’ e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Ex-diretor de marketing na empresa Macaé Esporte Futebol Clube e Coordenador na empresa Serra Macaense Futebol Clube. Atuou no Futebol profissional do Macaé Esporte FC, Futebol profissional do Volta Redonda FC, Basquete da LB Cabo Frio, Basquete da LB Macaé, Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro – 5 anos no Triângulo Mineiro, 10 anos em São Paulo, 10 anos no CR Flamengo, 2 anos no Botafogo FR. Inúmeras vezes campeão brasileiro: Flamengo, Vasco, Telemar, seleções estaduais, masculinas e femininas.