Por Ricardo Cravo Albin –
De fato, torna-se um dever que nós, cronistas do cotidiano, registremos o Dia Nacional desta quinta feira como revigorado.
Ao invés do triste esvaziamento do Bicentenário da Independência, imposto como propaganda eleitoral para a reeleição do então presidente, comprovou-se no desfile tradicional deste Sete em Brasília a pacificação das Forças Armadas, com ausência de discursórios inadequados, o que de fato fez emergir a despolitização dos quartéis do Brasil. Muitas vezes tramadas pelo governo central para o golpe de Estado de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. Ainda neste Sete foi anunciada a delação premiada do notório Mauro Cid, o mais próximo auxiliar do então chefe do governo. Do qual se aguardam revelações esclarecedoras de atos do mandatário anterior.
As boas notícias também vieram da Bienal do Livro do Rio. Uma novidade absoluta por lá ocorreu no Dia da Pátria. Cabe a este cronista detalhar – o que já havia sido anunciado em texto anterior – o sucesso de um stand não comercial, para apenas vender livros (um dever…). O stand montado pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro para abrigar o público preferencial e crescente a cada ano, as crianças entre 8 e 15 anos, estimuladas (ou conduzidas) pela ampla maioria das escolas públicas e particulares dos municípios próximos.
Pois foi nesta Bienal (lotada por jovens) que a Secretaria de Educação perfilou o que deveria ser feito a cada ano: as honras e citações ao principal protagonista da Independência, o Herói Pedro I, o libertador do Brasil em 1822 com o brado “Independência ou Morte”.
Pedro I foi reverenciado na Bienal não por editoras, mas pela aguda percepção da pasta estadual da Educação que apresentou o livro “Pedro I, Compositor Inesperado” – com 8 ensaios inéditos sobre o Herói Nacional curatelado por Mary Del Priore. O cuidadoso livro do Instituto Cravo Albin foi lançado recentemente na Feira do Livro de Lisboa com grande repercussão. Além de inédita iconografia, contém QR Code e CD embutidos com 18 composições quase desconhecidas pela maioria do povo brasileiro e portugueses. À exceção do Hino da Independência, escrito por Pedro com versos do poeta Evaristo da Veiga ainda em 1822.
Foi certamente emocionante presenciar a cara de espanto das crianças ao saberem que o nosso Herói Nacional está sendo agora lançado como compositor erudito de músicas sabras, além de hinos patrióticos, missas e Te Deum.
O nosso Instituto Cravo Albin doou 17 livros para a Secretaria Estadual da Educação equipar suas bibliotecas e Escolas de Música. A doação foi recebida pela Superintendente Cristina Silveira em nome da Secretária Roberta Barreto.
Enfim, o Dia Nacional do Brasil pode aclarar eventos e restabelecer a ordem natural das coisas.
RICARDO CRAVO ALBIN – Jornalista, Escritor, Radialista, Pesquisador, Musicólogo, Historiador de MPB, Presidente do PEN Clube do Brasil, Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin e Membro do Conselho Consultivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do Jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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