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SOMOS SIRO DARLAN! Depoimentos de Rosana Navega, Regina Andreiuolo e Ruth Goldmacher
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SOMOS SIRO DARLAN! Depoimentos de Rosana Navega, Regina Andreiuolo e Ruth Goldmacher

Por Daniel Mazola e Prestes Filho

Em função da repercussão das matérias exclusivas: “SIRO DARLAN: a Força, a Indignação e a Verdade“ e “SIRO DARLAN: eu conheço a fome, eu conheço o frio, vivi a vida dos jovens e das crianças abandonadas – essa é a minha origem”, estamos publicando uma série de depoimentos e manifestações de solidariedade de diversos membros da sociedade civil sobre a “perseguição implacável” – como a maioria tem se referido ao caso – que culminou com a suspensão do exercício da função do desembargador Siro Darlan.

Nosso objetivo é transforma esse trabalho em livro ou edição especial do jornal impresso para ser distribuído gratuitamente, caso queira ou possa contribuir com algum valor, entre em contato via WhatsApp (55 21 98846-5176) ou e-mails: mazola@tribunadaimprensalivre.com / prestes@tribunadaimprensalivre.com

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SOMOS SIRO DARLAN

Depoimentos – Parte V

#campanharestaurarverdade

ROSANA NAVEGA é juíza titular do 1º Juizado Especial de Niterói.

Dra. Rosana Navega Chagas

Afirmo que o desembargador Siro sim, é referência na Magistratura fluminense, como profissional solidário, inclusivo, que respeita o próximo, nas atitudes que toma. Tão acessível, que assusta nossos colegas, pois, no geral, somos profissionais solitários e reservados, uma postura que nos é ensinada, para a nós preservar. Não é comum um juiz ir até o povão, sair de seu gabinete. Siro Darlan vai até o povão, participa de trabalhos de ONGs, etc. Uma postura inovadora, mas muito bonita! Siro Darlan é seríssimo, cumpre nosso código de éticas, mesmo com seu sorriso largo. Óbvio que pode ser mal interpretado, afinal, alguns julgam que ser sério é ser reservado, sem sorrisos no rosto….Mas a vida me ensinou que, muitas vezes um ser sorridente e acessível é muito mais sério do que a pessoa que não sorri. Tudo depende do contexto de vida das pessoas! Poderia dizer de vários fatos, que fazem do Siro Darlan um magistrado extraordinário. Dentre tantos, lembro do dia no qual adentramos no lixão dos viciados em crack, junto com uma ONG e um pastor, para levar comida, e algum alento para aquela população de pessoas pobres, sujas, viciadas, sem absolutamente nada na vida. Isto tem um ano. Magistrado igual ao Siro Darlan no Rio de Janeiro não conheço. Ele, para mim, é um dos melhores, se não o melhor! Pode publicar.

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REGINA ANDREIUOLO é servidora aposentada do TJRJ

Praça Onze, Juizado da Infância e da Juventude, 2002. A agenda do Juiz Siro Darlan inclui uma “socialite”, o Secretário de Justiça do Estado, um mendigo, um menino de rua sem um braço, um famoso jurista, um grupo de jovens percussionistas de uma favela do Rio, um pastor evangélico, um ator e vários anônimos. Ninguém deixa de ser ouvido e todos recebem o mesmo respeito e atenção. No final do dia, a mesa está cheia de propostas, pedidos, convites. Tomando nos ombros a defesa das crianças e dos adolescentes, ele se tornou uma espécie de “Senhor Estatuto”, identificado e confundido com a lei que tinha por missão aplicar. Daí a afluência de gente de todas as origens e de todas as camadas sociais, como se não houvesse iniciativa, projeto, ideia relacionada à infância e juventude que não devesse passar antes por seu gabinete. Ninguém sabe como ele conseguia dar conta de tantas solicitações, comparecer a tantos eventos, iniciar tantos projetos e ao mesmo tempo ser um dos campeões de produtividade entre os juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Parte da resposta pode estar em sua incansável energia, seu horror à burocracia e aos salamaleques, sua disciplina que o fazia chegar ao gabinete antes das sete da manhã e não sair antes de cumprir o último item de sua apertadíssima pauta, mas talvez esteja mesmo na sua paixão pela causa que abraçou. Impaciente diante das minguadas iniciativas na área, partiu para a ação e criou inúmeros projetos, como a Escola de Pais, que reinseriu inúmeras famílias na sociabilidade e na empregabilidade, o Banco de Empregos, que abriu oportunidades de estágio e de trabalho para adolescentes de baixa renda, o Justiça nas Comunidades, reconhecido pela ONU como projeto de excelência para levar justiça a comunidades pobres. Ao lado dessas ações pragmáticas, ele empreendeu uma missão impalpável, mas de visíveis resultados: com sua pregação pró-Estatuto, plantou definitivamente em nosso imaginário coletivo a ideia da injustiça de que são vítimas tantas crianças e adolescentes brasileiros, colocando na pauta pública a urgência de reparar esta vergonha. Não somos hoje um País mais justo, não conseguimos resgatar a dívida social que nos assola há séculos. Mas as práticas especiais promovidas por este Juiz singular, destacam-se como ilhas de eficiência e de compromisso social, de tal forma que as Nações Unidas reconheceram na 1ª Vara da Infância e Juventude “um exemplo em iniciativas pró-ativas para levar justiça social a comunidades marginalizadas que deve ser conhecida e copiada” (Juan Petit – relator da ONU).

Já desembargador, ele foi agraciado com o prêmio “Dom Quixote” da Justiça Federal e, quase simultaneamente, recebeu a Menção Honrosa de Direitos Humanos de 2005 da USP, alusões à sua capacidade de sonhar o impossível e de realizar o possível.

Como servidora do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro e membro da equipe das Varas da Infância e Juventude no período de 1991 a 2004, onde trabalhamos com honra e bravura, instilados pelo mesmo entusiasmo e o mesmo compromisso, quero tornar público meu profundo respeito e admiração pelo trabalho desenvolvido pelo juiz Siro Darlan, pelo seu idealismo e por sua irretocável conduta como homem e como magistrado.

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RUTH GOLDMACHER é serventuária da Justiça.

Também trabalhei com o Dr. Siro Darlan, foi uma época de muito trabalho e muitos avanços nos processos. Trabalhamos muito e como resultado, os processos que levavam anos ou meses, passaram a ter solução em muito pouco tempo. Todos os prazos e passos dos procedimentos eram rigorosamente mantidos, mas a agilidade nas decisões eram inigualáveis. Independente do trabalho, Dr. Siro Darlan, sempre foi uma pessoa maravilhosa, que valorizava o trabalho de todos, sempre dedicado e atencioso, desculpe-me, mas faltam palavras para expressar todo o carinho e atenção para com as crianças e adolescentes que dependiam do seu cuidado. Peço a Deus que o proteja e dê forças para vencer mais uma batalha.

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mazola@tribunadaimprensalivre.com

prestes@tribunadaimprensalivre.com 


DANIEL MAZOLA – Jornalista profissional (MTE 23.957/RJ); Editor-chefe do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Consultor de Imprensa da Revista Eletrônica OAB/RJ e do Centro de Documentação e Pesquisa da Seccional; Membro Titular do PEN Clube – única instituição internacional de escritores e jornalistas no Brasil; Pós-graduado, especializado em Jornalismo Sindical; Apresentador do programa TRIBUNA NA TV (TVC-Rio); Conselheiro Efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (2004/2017) e ex-presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI; Foi Vice-presidente de Divulgação do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (2010/2013).


LUIZ CARLOS PRESTES FILHO – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Cineasta, formado em Direção de Filmes Documentários para Televisão e Cinema pelo Instituto Estatal de Cinema da União Soviética; Especialista em Economia da Cultura e Desenvolvimento Econômico Local; Coordenou estudos sobre a contribuição da Cultura para o PIB do Estado do Rio de Janeiro (2002) e sobre as cadeias produtivas da Economia da Música (2005) e do Carnaval (2009); É autor do livro “O Maior Espetáculo da Terra – 30 anos do Sambódromo” (2015).

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