Redação

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reprovou o recente comportamento do presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Nas últimas semanas, o mandatário tem feito repetidas ofensas a ministros da Corte por conta do posicionamento contrário de alguns magistrados à implementação do voto impresso no país.

Ele também ameaçou reagir “fora das quatro linhas” da Constituição contra o Supremo após ter virado alvo de investigação por questionar a confiabilidade do sistema eleitoral do país sem ter como provar que o modelo é inseguro.

SEM AGRESSÕES – Em entrevista à GloboNews, Pacheco disse que “nenhum presidente da República nem qualquer cidadão pode agredir a Suprema Corte do país”. “Pode questionar, criticar, apontar equívocos, mas agressões e ironias não calham a uma relação que pretende ser institucional, republicana e respeitosa. Não calha, realmente, ofensas de natureza pessoal ou o apontamento de informações que nunca se confirmaram, atribuídas a título de algum ilícito a ministros do STF”, opinou o senador.

“A autocrítica é recomendada a todos os Poderes, especialmente aos seus presidentes, e, obviamente, ao presidente da República. O comportamento haverá sempre de ser pautado no diálogo, no respeito ao outro. Pode até ter duras críticas, mas sem descambar para um desrespeito que, definitivamente, não interessa a absolutamente ninguém, sobretudo não interessa ao povo brasileiro, que depende de exemplos dos homens públicos para termos um ambiente que seja de prosperidade para o Brasil”, acrescentou.

SEM ATAQUES – Pacheco disse também que não concorda com comportamentos que ataquem qualquer uma das instituições, e destacou que “toda alegação, de quem quer que seja, que pregue ilegalidade, ruptura ou algo fora do comando constitucional deve ser rechaçada de pronto”.

“Evidentemente, qualquer pessoa que a diga deve ser repudiada, não há dúvida em relação a isso. Qualquer ameaça, por mínima que ela seja, ao estado democrático de direito será de pronto rechaçada pelo Senado”, assinalou o parlamentar mineiro.

Fonte: Correio Braziliense


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