Redação

Durante transmissão ao vivo nesta 5ª feira (10.set.2020), o presidente Jair Bolsonaro disse que o ministro André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) pediu e ele autorizou a abertura de uma investigação sobre o aumento do preço do arroz.

“O André Mendonça veio falar comigo e perguntou: ‘Posso botar a Secretaria Nacional do Consumidor para investigar por que o preço subiu?’ Eu falei que pode e ponto final. Isso porque, ao chegar a resposta, pode ser que o errado somos nós. Aí o governo toma providência”.

Um dos principais alimentos da mesa dos brasileiros já acumula alta de 19,2% na inflação do ano. Na 4ª feira (9.set), o governo reduziu a zero a alíquota do imposto de importação dessa cota, a pedido do Ministério da Agricultura. O objetivo é impedir uma disparada ainda maior dos custos.

Na 4ª feira (9.set), a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) notificou a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e representantes de produtores de alimentos. O presidente vem ressaltando e frisou na live que não é possível interferir no mercado com uma “canetada”, pois isso, segundo ele, seria pior.

Entretanto, o ministro Paulo Guedes (Economia) pediu explicações ao Ministério da Justiça por conta da notificação.

AUXÍLIO EMERGENCIAL SOMENTE ATÉ DEZEMBRO

O presidente da República afirmou que não vai mais prorrogar o pagamento do auxílio além do período já estabelecido. O governo o disponibilizará no valor de R$ 300 por mais 4 meses. Bolsonaro explicou que o país “não pode mais se endividar”.

“A gente lamenta o auxílio emergencial que era para durar 3 meses, prorrogamos por mais 2 meses. Criamos outro auxílio de R$ 300 [setembro a dezembro]. Não é porque eu quero pagar menos, não. O Brasil não pode mais se endividar. Não vai ter nova prorrogação. O endividamento cresce e o Brasil perde confiança. Não quero culpar ninguém, mas vão pedir auxílio para quem tirou seu emprego, quem disse ‘fique em casa’”, disse o presidente na live.

PENA POR MAUS-TRATOS

Bolsonaro afirmou que publicará no Facebook o texto do projeto de lei aprovado pelo Senado Federal que aumenta a pena para maus-tratos contra cães e gatos de 3 meses a 1 ano (mais multa) para de 2 a 5 anos (mais multa e proibição de guarda). Bolsonaro quer avaliar a aceitação do eleitorado para decidir se veta ou sanciona a lei.

“O que eu pretendo fazer: vou colocar o texto da lei no Facebook e o pessoal vai fazer comentário. ‘A lei é excessiva, branda, tem que sancionar, tem que vetar’. Porque não é fácil para a gente tomar uma decisão dessas aí”.

A transmissão desta semana foi 1 pouco mais curta que de dias anteriores e não contou com a presença de ministros.

Mais cedo, Bolsonaro compareceu à posse do ministro Luiz Fux como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). Não comentou como deve ser a relação com o novo chefe do Judiciário. Apenas falou que há 1 “ambiente muito bom” entre os Três Poderes. “Obviamente, esse clima bom nós temos que aproveitar para aprovar projetos e fazer realmente a economia do Brasil pegar”.

A transmissão desta 5ª feira (10.set) contou com a participação do presidente da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), Gilson Machado e do secretário de Pesca, Jorge Seif. Ao lado de Bolsonaro, também estava a youtuber mirim Esther Castilho, de 10 anos. Ela chamou a atenção ao perguntar, durante reunião ministerial, a Bento Albuquerque (Minas e Energia), sobre o alto preço do gás.

Assista (35min7seg):

Fonte: Poder360