Por Bolivar Meirelles –
Sem Oasis. Perdido mesmo.
Sede. Não cede o ignóbil Ser. Seria? Sério? Não sendo. Caminha o caminhar dos perdidos. Suor. Lágrimas derramadas. Sem alegrias. Nem sua nem contagiante aos demais Seres. Humanos ao pensar. Resguardo de felicidades. Busca na busca constante do pouso. Pousada. Oasis efetivo de água e sobrevivência. Parte de caminho restaurador da caminhada. Caminha seu caminhar. Buscam, os felizes Seres, pausas de meditação. Estação tranquila. Período de reflexão. Busca buscada. Caminhada, parada. Estou. Penso partir. Partindo observo. Para onde vou? Se for vou indo. Caminho na busca de outro local. Tempo temporal. Medida de tempo e, estrada vicinal ou principal. Buscar saída ou perdido num deserto. Variando a mente. Se vê sem se ver. Incrédula figura. Figurante na vida. Sem destino, sem orientação. A si e aos circundantes. Infeliz criatura. Mal criada. Descriada. Mal conduzida. Desconduzida. Pontuação inadequada a um poema mal feito. “Cara ou Coroa”. Coroa sem cara e, ou…Cara sem Coroa. Concentração dispersa. O tempo se foi. Passou. Passado mesmo. Desmemoriado. Não se lembrar. Caminho sem história pregressa. Para onde ir? “Perdido numa noite escura”. Impactado por um tempo que se foi.
Perdido num deserto sem Oasis.
Sem descanso. Sem reflexão. Imitar as mentes “mal feridas”. Imã sem atração. Nada mais a dizer. Irrefletidas paradas de ódio. Sem projeto ou proposta social. Egoísmo permanente. Desaviso. Desavisado tempo partido. Perdido. Temporal de destruição. Para onde ir? A si e aos conduzidos Seres? Na fuga inexplicável. Sem rumo. Desarrumada. “Para onde vou?; Como vou?; Quando vou?”. Inexplicável líder sem saída, não sabe. “Perdido numa noite escura”, sem luar, sem bússola, sem competência ou, desejo mesmo de usufruir da noite suja, ou dia sujo, apenas “escura” ou iluminado. Cegueira imanente e transcendente. Absurdos dos absurdos. Momento histórico mal vivido. Pulsar importante. O coração bater no ritmo normal. Animal, “fera ferida”. Fera viva, no entanto. Estar vivo. Ser ferido ou a ser tratado, curado. Parada necessária no Oasis ou nos Oasis. Estamos vivos, com corpo forte e resistente. Mente boa a receber e transmitir. Pensamento. Saída. Em frente caminhando. A saída existe como a entrada existiu. Novas entradas, novas saídas. Sairemos, refeitos no Oasis do deserto. Refeitos, refeitas nesse dezembro de 2021, para a continuação da caminhada em busca de novos tempos históricos de vida, luta e libertação. Política, econômica e Social. Aos lutadores, às lutadoras, a esperança é a construção permanente da boa caminhada.
Caminhemos.
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina.
Tribuna recomenda!
NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.
MAZOLA
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