Por Isa Colli

A cada dia que passa temos a certeza de que o mundo não será mais o mesmo depois da dimensão desta tragédia na saúde global.

O presidente da França Emmanuel Macron sugeriu ontem manter as fronteiras fechadas até setembro. Se isso acontecer, serão 26 países que mantêm um espaço de livre circulação, se isolando completamente para o controle da epidemia do coronavírus.

Os lugares que antes ficavam cheios de turistas estão se tornando cidades fantasmas, com enormes restrições impostas à vida da população: quarentenas, fechamentos de escolas, restrições de viagens e proibições de reuniões.

Mas o que o mundo quer saber é quando tudo isso vai passar e em que momento, enfim, poderemos retomar a nossa rotina. Isso será possível? Talvez! Mas o comportamento das pessoas irá mudar permanentemente. Isso é certo.

Mesmo que o número de casos comece a cair nos próximos meses, ainda estaremos longe do fim. Essa pandemia pode demorar muito tempo para ser realmente controlada, possivelmente anos. Os danos sociais e econômicos já são catastróficos com o confinamento social e a ordem para manter tudo fechado. O coronavírus não vai desaparecer. Se suspenderem as restrições que estão retendo o vírus, os casos inevitavelmente aumentarão.

Estamos vivendo um grande desafio científico e social. O certo é que os países precisam de uma estratégia de saída, ou seja, uma maneira de eliminar as restrições e conseguir voltar ao normal.

Nenhum país encontrou ainda a solução. E garanto que muitas mentes brilhantes estão reunidas ao redor do mundo pensando em saídas emergenciais. E até lá, o que nos resta fazer?

Por enquanto, a melhor maneira de confrontar essa peste é realmente mudar o nosso comportamento social, pois todos os cenários são aterrorizadores diante da rapidez com que do COVID-19 se espalha.

Vacinação? Ainda não existe e não há previsão segura de que existirá nos próximos 2 anos.

Imunidade natural pela contração da doença? Gente, outros coronavírus conhecidos, os que causam sintomas comuns de resfriados, levam as pessoas a pegar o mesmo vírus várias vezes na vida.

Quem garante que quem contraiu a doença está imune? Engana-se quem pensa que COVID-19 é uma doença respiratória. Esse é um vírus sistêmico. E o que isso quer dizer? Quer dizer que ele pode atacar todo o sistema do seu hospedeiro.

E os efeitos colaterais? Algum cientista já publicou algo referente ao assunto?

Prefiro ficar com a tese do infectologista Dr. Edmilson Migowski que, questionado em nossa Live, afirmou que até sair de fato um medicamento eficaz, as melhores estratégias de saída são o isolamento social e a higiene. É muito importante manter todos os ambientes limpos.

Se estiver em um ambiente público, não toque a boca, o nariz ou olhos sem antes ter antes lavado as mãos ou pelo menos limpá-las com álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.

Ele ainda deu dicas de como higienizar as superfícies da casa, móveis e o telefone celular, por exemplo, com soluções desinfetantes.

Para limpar o celular, pode-se usar uma solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de usar um pano limpo.

Outro alerta do Dr. Edmilson é que as máscaras funcionam desde que usadas adequadamente.

Para ver outras dicas do infectologista Dr. Edmilson Migowski, acesse o link.


ISA COLLI – Escritora ítalo-brasileira, de Presidente Kennedy, Espírito Santo, atualmente reside em Bruxelas, na Bélgica. Jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Começou a escrever aos 12 anos, sempre preocupada com o futuro do meio ambiente, e como ensinar as crianças a preservá-lo, atenta aos anseios humanos e às suas dúvidas em relação à vida. Seu primeiro livro foi editado em 2011. O romance, ‘Um Amor, um Verão e o Milagre da Vida’. Porém a partir de 2013, consagrou seu tempo à literatura infantil e conta em 2019 com mais de dez títulos editados, que abordam temas como a sustentabilidade e a necessidade de proteção ao meio ambiente, o respeito pelo próximo, a tolerância às diferenças e a valorização do consumo de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos. A autora tem por alicerce a família, em especial, o esposo José Alves Pinto e os filhos Valdeir e Philip. E o sonho de transformar o mundo por meio da escrita, que é o seu principal combustível.