Por Djair Aquino de Lima e João Pinheiro –

O início da história, obrigatoriamente coincide com o nascimento do universo.

A avaliação da idade do universo é possível a partir da observação do seu comportamento. Observando-se a luz emitida pelos objetos celestes, verifica-se que ela apresenta pequenas mudanças de cor. Estas  variações  de  cor  são  explicadas  pelo  efeito Doppler.

EFEITO DOPPLER NAS ONDAS SONORAS

O efeito Doppler pode ser melhor entendido observando o que acontece com o som. É fácil observar o efeito Doppler nas ondas sonoras.

Quando se escuta uma buzina de um veiculo que passa por nós, embora a frequência do som da buzina seja constante, não é assim que é percebido pelo observador. Quando o veículo se aproxima, o som é captado mais agudo (maior frequência), mas quando ele passa e já está se afastando o som é captado mais grave (menor frequência).

Frequência é a quantidade de pulsos (vibrações) por segundo.

EFEITO DOPPLER PARA A LUZ

O efeito Doppler também, afeta a percepção da luz emitida pelos objetos luminosos. As estrelas são constituídas de partículas, cuja luz emitida, tem cores (frequências) precisamente determinadas (espectro de cores). O efeito Doppler faz, com que a luz emitida por um objeto seja percebida com uma pequena mudança na cor, quando o emissor está se afastando, ou se aproximando do observador. Esta mudança na cor tende para a cor violeta (maior frequência) quando o emissor está se aproximando do observador, e para o vermelho (menor frequência) quando o emissor está se afastando.

A quantidade  desta  mudança  de  frequência (phase shift) é tanto maior quanto maior for a velocidade de aproximação, ou de afastamento, do emissor com relação ao observador.

EXPANSÃO DO UNIVERSO

Observando-se a luz emitida a partir da grande maioria dos objetos celestes, verifica-se que elas apresentam um deslocamento de suas frequências no sentido da cor vermelha. Levando em consideração o efeito Doppler, conclui-se que estes objetos estão se afastando.

Observa-se, em geral, que quanto mais distante se situa o objeto, maior a mudança de frequência de suas cores no sentido do vermelho. Isto indica que os corpos mais distantes estão se afastando mais rápido. Isto também indica que o universo está se expandindo.

Se está crescendo, no futuro estará maior e no passado era menor. Quanto mais distante o passado, menor era o universo menor. Pode-se mostrar que há 13,7 bilhões de anos, o universo era reduzido a um ponto, a origem do universo.

Este comportamento é semelhante ao que se observa com as partículas originárias de uma explosão. Esta semelhança sugere, que o universo pode ter se originado a partir de uma grande explosão (Big Bang).

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JOÃO DE DEUS PINHEIRO FILHO – Professor, Físico Nuclear, Jornalista,  Colunista e Membro do Conselho Editorial do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Pós-Doutorado no Departamento de Física, Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.

DJAIR AQUINO DE LIMA – Escritor e Doutor em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Pós-doutorado na II Universita’ degli Studi di Roma – Tor Vergata; Professor da Universidade Federal da Paraíba; Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Professor da Universidade Santa Úrsula – Rio de Janeiro.

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