Redação

A música brasileira está de luto nesta segunda-feira (24) com as mortes das cantoras Leny Andrade, aos 80 anos, e Dóris Monteiro, aos 88. Leny Andrade deixou uma lista de interpretações marcantes, dando toques jazzísticos a obras de grandes nomes da MPB. Doris Monteiro foi uma das precursoras da Bossa Nova, com um canto característico, baseado em divisões rítmicas inovadoras. Ouça a homenagem da Rádio Senado às duas artistas. 

Doris Monteiro faleceu de causas naturais

A cantora Doris Monteiro morreu na madrugada desta segunda-feira (24), aos 88 anos de idade, segundo informações publicadas por suas páginas oficiais nas redes sociais.

De acordo com o comunicado, Doris estava em casa, no Rio de Janeiro.

O velório de Doris Monteiro será nesta terça-feira (25), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público de 9h às 13h. A cremação será em cerimonial reservado a familiares.

Doris nasceu no Rio em 21 de outubro de 1934, e estreou como cantora na Rádio Nacional, em 1947, no programa Papel carbono, de Rento Murce, segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Sua carreira profissional, porém, teve início em 1951, quando começou a trabalhar na Rádio Tupi.

Entre as composições que interpretou ao longo dos mais de 60 anos de carreira estão músicas de Sílvio César, Baden Powell, Vinicius de Moraes, Toquinho, Roberto e Erasmo Carlos, entre outros.

Além da extensa discografia, a cantora carioca também estrelou o programa Encontro com Dóris Monteiro!, na TV Tupi do Rio de Janeiro, e participou dos filmes Agulha no Palheiro (1953), Carnaval em Caxias (1954), De Vento em Popa (1957) e Copacabana Palace (1962).

Leny Andrade faleceu de pneumonia e broncopatia

Morreu na manhã desta segunda-feira (24) a cantora Leny Andrade, aos 80 anos de idade. Ela estava internada no Hospital de Clínicas de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, e faleceu em decorrência de uma pneumonia e broncopatia inflamatória. A morte foi confirmada pela assessoria do Retiro dos Artistas, onde a cantora residia desde 2019. O velório começa nesta terça-feira (25), das 10h às 13h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e segue das 14h às 16h, no Memorial do Carmo, no Caju, onde ocorrerá a cremação. 

Leny Andrade iniciou sua carreira profissional em 1958, atuando como crooner da orquestra de Permínio Gonçalves. Nas décadas de 1980 e 1990, dividiu-se entre o Brasil e os Estados Unidos, onde gravou vários discos de samba-jazz, dentre os quais o clássico Luz Neon. Lançou também CDs em parceria com instrumentistas de renome, como César Camargo Mariano, Cristóvão Bastos e Romero Lubambo.

Teve vários hits nas paradas brasileiras, e em 2007 dividiu um Grammy Latino com César Camargo Mariano para Melhor Álbum MPB ao Vivo.

Em 2018, comemorou 60 anos de carreira com apresentações pelo projeto Clube do Choro Convida, acompanhada pelo violonista Luiz Meira. Cantou as músicas que se tornaram marcantes em sua trajetória, como Estamos aí (Durval Ferreira, Maurício Einhorn), Rio (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Céu e Mar (Johnny Alf), Influência do Jazz (Carlos Lyra), Contigo Aprendi (Armando Manzanero), além do pout-pourri de Tom Jobim, com Este seu OlharTristeVivo Sonhando e Você vai ver e Garota de Ipanema.

Em agosto de 2022, gravou, com o pianista Gilson Peranzzetta, a música Por Causa de Você (Tom Jobim e Dolores Duran), lançada como single pela Mills Records em janeiro de 2023 em comemoração aos seus 80 anos.

Fonte: Agência Brasil e Agência Senado

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