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Morre o ex-deputado federal Simão Sessim, em decorrência da Covid-19
Simão Sessim participando de Audiência Parlamentar na sede da Organização das Nações Unidas-ONU. (Foto: Divulgação)
Geral, Política

Morre o ex-deputado federal Simão Sessim, em decorrência da Covid-19

Redação

Morreu na madrugada desta segunda-feira o ex-deputado federal Simão Sessim, de 85 anos, em decorrência da Covid-19. O político, que foi eleito por 10 mandatos consecutivos e ficou 40 anos na Câmara dos Deputados, era primo de Farid Abrão David, prefeito de Nilópolis que também morreu de Covid no ano passado, e do patrono da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, Anísio Abraão David. A morte do advogado e professor foi primeiro informada nesta manhã pelo filho Sérgio Sampaio Sessim, ex-prefeito de Nilópolis, em uma rede social. Em 2018, em uma onda de renovação no Congresso, Sessim e outros decanos ficaram fora da legislatura. Ele era filiado ao Progressistas, foi prefeito de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e deputado federal desde 1979, um dos mais antigos.

Leia também: SIMÃO SESSIM: 85 anos de vida e 50 de lutas, por Luiz Carlos Prestes Filho

Abraãozinho David com o prefeito de Nilópolis, Farid Abraão, a vice prefeita Jane Louise David, Ricardo Abraão (presidente da Beija-Flor) e o ex-deputado federal Simão Sessim

De acordo com o médico Marcelo Sampaio Sessim, também filho de Sessim, o pai enfrentava um câncer, mas morreu devido a complicações por ter adquirido a SARS-CoV-2.

Sérgio, filho do ex-deputado, escreveu numa rede social:

“Queridos amigos e amigas! Com um aperto enorme no coração comunico a vocês o falecimento de um guerreiro que nunca fugiu da luta, combateu o bom combate e guardou a sua fé, você sempre estará conosco em nossos corações e nas nossas memórias. Deus me deu a honra de ser meu pai que junto com a minha mãe nos ensinou o respeito ao próximo e o amor pelo nosso povo e pela terra onde nascemos… Obrigado por todas as orações e palavras de estímulo. Deus seja louvado e exaltado e o conduza a vida eterna. Valeu meu pai, meu ídolo, Simão Sessim. Deixo aqui a foto dele sorrindo e feliz, uma marca na sua carreira e trajetória. Obrigado por tudo”, finalizou o ex-prefeito de Nilópolis.

Segundo o médico Marcelo Sampaio Sessim, filho de Simão, disse ao EXTRA que seu pai foi diagnosticado com um câncer há dois meses e foi internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, em 22 de junho. O político fez uma quimioterapia, e acabou sendo infectado pela Covid-19.

— Ele fez a primeira quimioterapia do câncer linfático. Ele já estava vacinado com as duas doses, mas acreditamos que a imunidade dele baixou muito. Dez dias depois o papai foi entubado e nos deixou hoje, no começo da madrugada — lembrou Marcelo.

O filho de Simão disse ainda que seu pai “tinha muito orgulho por Nilópolis, pela família, pela democracia e um orgulho muito grande por fazer parte da Constituinte (de 1988)”. Atualmente, o ex-parlamentar era chefe da Representação do Governo do Estado do Rio, em Brasília. Ele estava no cargo há um ano e seis meses.

Simão Sessim deixa dois filhos: Sérgio Sessim, ex-prefeito de Nilópolis, e o médico Marcelo Sessim. Além de cinco netos. O ex-parlamentar era viúvo há mais de 20 anos. O corpo de Simão Sessim será enterrado na tarde desta segunda-feira no jazigo da família no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio.

Simão Sessim era advogado, professor e político brasileiro. Exerceu dez mandatos consecutivos de deputado federal pelo Rio de Janeiro, participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988, foi 2º Tenente da Reserva do Exército Brasileiro (Fotos: arquivo pessoal)

A Prefeitura de Nilópolis informou que vai decretar luto oficial de três dias na cidade. Segundo fontes do município, Simão estava negociando para que seu sobrinho, Ricardo Martins David, conhecido como Ricardo Abrão, filho de Farid, seja candidato a deputado federal pela família.

Simão foi investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em um inquérito que se baseou nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef que informaram que, no ano de 2010, o ex-deputado pediu R$ 200 mil do dinheiro desviado da Petrobras. O montante foi solicitado para Costa e repassado por Youssef. No entanto, em 2016, o então ministro Teori Zavascki determinou o arquivamento do inquérito e o então deputado federal não foi indiciado.

Fonte: Extra


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