Por Bolivar Meirelles

Cavaleiro da Esperança, líder Comunista Brasileiro, Patriota, Antirracista, Coragem, Resistente Preso Político. Ombrea-se, Luiz Carlos Prestes, com Simón Bolívar. Dois Enormes Estrategas Latino-Americanos. O brasileiro rompe o cerco, numa operação militar inédita e quebra o “fundo da garrafa” que cercava sua pequena Companhia de Engenharia revoltosa, saída do Rio Grande do Sul para se encontrar com as tropas rebeladas no famoso cinco de julho de 1924 em São Paulo sob o comando do General Izidoro Dias Lopes. Por questões secundárias o General Dias Lopes se afasta do comando das tropas paulistas e o Major Miguel Costa assume o Comando. Prestes se encontra com as tropas de São Paulo e, por formação e competência reconhecida por seus colegas do Exército, passa a ser o cérebro da Coluna Rebelde. Chefe do Estado Maior. Transforma-se no maior Estratega Militar brasileiro. O “Cavaleiro da Esperança”. Aprendeu, em suas marchas com a Coluna Invicta, as grandes questões e necessidades brasileiras. Deficiências e povo sofrido. Após a Coluna Invicta cumprir suas tarefas de desgaste do Governo Autoritário e das tropas governamentais, interna-se na Bolívia e, Prestes, recebe contato com o Partido Comunista do Brasil, o PCB. Torna-se Comunista. Rebela-se contra o, Governo de Getúlio Vargas numa proposta da Aliança Nacional Libertadora. Prestes de Rebelde a Revolucionário. Levantes militares, Natal, Recife e Rio de Janeiro. Pagou o preço de responsável maior pelos levantes. Nada de Golpe. Movimento da base contra a polarização com os integralistas e o Governo vacilante de Getúlio Vargas.

Quem dá Golpe de Estado é a Classe Dominante. A base ou se rebela ou faz Revolução.

Mais de 30 anos da morte de Luiz Carlos Prestes e ele continua vivo. Bem vivo na memória dos revolucionários mas, também, de seus inimigos fascistas, racistas, homofóbicos, misóginos. Nada tem Luiz Carlos Prestes, Capitão General, seria Marechal, grande estratega, com esse circunstancial Capitão Bolsonaro, equivoco do Povo que o elegeu. Prestes tem dimensão inequivocamente muito maior, incomparável… ser Presidente da República? “O título não faz o homem”, ao contrário. Primeiro erro do infeliz “jornalista” William Waack. O infeliz jornalista vai em frente na análise malévola:

“A história do Brasil já teve ex-militar que demonstrou extraordinária incompetência para executar um golpe: Luiz Carlos Prestes em 1935.” Como já registrei, o infeliz articulista William Waack desconhece o conceito de Golpe de Estado. Levantes militares se deram de baixo para cima. Pode ser insubordinação, levantes…nunca ser entendido como Golpe de Estado. O tenentismo, o levante de militares em quartéis. Nunca é golpe. O levante de 1935 pode até ser criticado. Se deu numa época de aguçada contradição nos quartéis entre aliancistas nacional libertadores antifascistas e integralistas fascistas.

Ao tomar conhecimento do artigo desse incompetente “jornalista” excremental no jornal “Estado de São Paulo” no primeiro de abril deste 2021, tive, por obrigação intelectual e política, de respondê-lo. William Waack foi, recentemente, demitido da Rede Globo por posicionamento racista. Até a Rede Globo não o suportou.

William Waack, cuidado, ao entrar num banheiro, talvez se encontre com residuais excrementos que, juntos com você, serão, por descarga do vaso sanitário, despachados para o esgoto da história.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do Caminhando Jornal TV (TVC-Rio)