Por Bolivar Meirelles

Lua quarto crescente, forma um C. Lua cheia, redonda, plena de sua existência. Minguante, um D refletido, poderia ser decrescente. O Sol e sua ausência no reflexo lunar. Observadores descuidados só percebem a Lua. Lua, espelho da natureza. Casada ou descasada com o Sol, sua beleza só é possível, ao máximo, pelo reflexo solar em si e a ausência total à face do Planeta Terra aos que tem a felicidade de a ver. Falta algum ator nesse colóquio, aparentemente, tri “partite”? Claro! Quem? Nós outros, observadores da parcela terrestre, privilegiados observadores desse quadro amoroso da Lua com o Sol. Faltam, ainda, os animais diversos. Falta, além da fauna, a flora… outros atores não percebidos. Falta! Falta! Falta a mensagem da natureza. Bela natureza! Dizendo aos seres humanos: “Um firme não ao racismo!”. A grande beleza é o jogo contraditório da Natureza. Os seres humanos, como a Lua em seu colóquio com o Sol e a Terra, com o Universo também, não se preocupa com a falta de luz, com a luz, com os circundantes…amantes universais. Amor! Amor! Amor! Sinalizadores da beleza colorida: Oh! vermelho do Por do Sol! Oh! escuridão das noites e madrugadas! Oh! claridade do amanhecer! Oh! jogo de cores do Arco-íris! Beleza natural do emaranhado de cores que permeiam a vida…Os olhos e olhares mais atentos…

Sejamos, pois, nesse missigenar de luz e escuridão, de vermelho revolucionário, na contradita descolorida dos que, incapazes de perceber a beleza das cores, na verdade, não têm cor. Retrógrados por natureza, são racistas, homofóbicos, xenófobos. Não desejam um mundo sem fronteiras, uma humanidade igualitária…

Oh Lua! Oh Sol! Oh Noite escura! Oh clarear do nascer do dia! Oh vermelho do Por do Sol! Vermelho que, ao sinalizar o fim do dia, sinaliza o amanhecer em outro local da Terra e o descanso natural e necessário ao repouso de uns e à contingencial vida noturna de outros seres. Assim é a vida e o viver.

Ainda é tempo, sempre é tempo de melhorarmos nossa percepção de uma natureza que nos ensina continuamente. Vamos em frente! “Amanhã será outro dia, outra noite também…” 2024 entrando, que se vá o 2023 com seu golpismo e suas guerras… sempre haverá possível esperança.

O dia, a noite, as madrugadas e o amanhecer… são revolucionários.

BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública e Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente do Conselho Executivo da Casa da América Latina.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


PATROCÍNIO

Tribuna recomenda!