Por Amirah Sharif –

Afinal, qual a diferença entre coelho e lebre? Direito dos Animais!

A lebre e o coelho pertencem à família dos leporídeos e dentro dessa família, existem 11 gêneros, sendo um deles chamado Lepus, que é o gênero das lebres e os demais englobam as diferentes espécies de coelhos existentes na natureza.

Um outro fator que diferencia os coelhos das lebres é o local onde esses animais podem ser encontrados na natureza. Enquanto as lebres preferem viver em pastos e campos abertos, os coelhos fazem tocas tanto no solo quanto em arbustos e florestas.

Características do corpo

Podemos diferenciar os dois animais pelo tamanho. A lebre é um pouco maior do que o coelho, chegando a 68 cm de comprimento em média, enquanto os coelhos costumam atingir 44 cm de comprimento.

Se formos olhar a cor dos pelos, percebemos que as lebres têm pelagem em tons de marrom que vão do amarelo ao cinza. Suas orelhas são bem compridas, chegando a medir quase 10 cm de comprimento e têm manchinhas pretas. O rabo da lebre é preto na parte de baixo e branco acinzentado na parte de cima.

Já os coelhos podem ter pelos brancos, pretos, tons de cinza e até tons de vermelho. Suas orelhas são mais curtas e as patas traseiras são bem menores do que as da lebre. Por essa razão, os coelhos se locomovem com pulos mais curtos e baixos, enquanto que as lebres dão saltos tão grandes que podem chegar até 3 metros de altura.

E o que comem? Como reproduzem?

Lebres e coelhos são animais herbívoros, portanto se alimentam de grama, folhas, raízes e cascas de árvores.

Enquanto os coelhos podem ser vistos em comunidade com vários outros animais, as lebres são bastante solitárias.

As lebres têm uma gestação que pode chegar a quase dois meses e as ninhadas têm entre um a oito filhotes, enquanto que os coelhos têm uma gestação muito rápida, que dura somente um mês e as ninhadas costumam gerar de cinco a seis filhotes.

Diferença entre os filhotes

As lebrinhas já nascem completamente desenvolvidas e com autonomia, enquanto que os coelhinhos nascem cegos, surdos, sem pelo e dependem da mãe coelha para tudo.

Check list para se adotar coelhos

No período que antecede a Páscoa, a busca por coelhos à venda ou para adoção cresce muito. Quem não quer um companheirinho peludinho, pequenininho e fofinho? Então, parece que é o coelho o símbolo da Páscoa e não a lebre. Só que coelho não é brinquedo, é um companheiro para a vida.

Antes de adquirir um coelhinho, é preciso fazer um check list:

. Pesquise sobre as necessidades do pet;
. Avalie sua rotina e planeje o futuro. Coelhos vivem cerca de 10 anos;
. Coelhos crescem. Terá espaço para o animal adulto?
. Faça as contas e veja se pode investir no pet;
. Verifique se todos os moradores da casa estão de acordo e se gostam de coelhos;
. Verifique se terá tempo de lhe dar alimentos, limpar gaiola, levá-lo ao veterinário, lhe dar atenção.
. Quando se dá um coelho de presente para uma criança, a tarefa fica para os pais. Então, precisamos saber se os pais vão querer incluir mais uma tarefa em sua rotina diária: a de cuidar de um pet.

Pernalonga: coelho ou lebre?

Pois é. Não sei responder. Pernalonga tem orelhas compridas como das lebres, mas vive em tocas como os coelhos.

Na verdade, parece que Bugs Bunny ( Pernalonga) é uma mistura de lebre e coelho. “Bugs” vem de bugsy (doidinho). A palavra, por sua vez, vem de bug (inseto). É como dizer que alguém tem “insetos na cabeça”. Já bunny é “coelhinho”. Pernalonga é tratado ora como coelho, ora como lebre e essa incongruência acabou se incorporando à mitologia do personagem.

“O que é que há, velhinho?”

Esse é o bordão do Pernalonga. E eu, quando criança, imaginava que o Pernalonga fazia essa pergunta e iria aparecer papai Noel, o tal velhinho. Imaginava um papai Noel com um saco pesado carregado de cenouras só para o Pernalonga.

E não estranharia se eu visse um Papai Noel levando cenouras para o coelho da Páscoa e o coelho da Páscoa levando ovos de chocolate para São Pedro, Santo Antônio e São João até porque estamos na Semana Santa e na próxima semana é carnaval.

Mas, enfim, respondendo hoje ao Pernalonga, diria que o que há é uma vontade imensa de que tudo dê certo nesse mundo. E vai dar!

AMIRAH SHARIF é jornalista, advogada, protetora dos animais e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. asharif@bol.com.br


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