Por José Macedo –
Não sou afeito a festejar datas, aniversários e semelhantes, preferindo encontrar tempo, para reflexões e construção de estratégias e de combustível espiritual, preparação para o que virá, que é incerto e aleatório. Sei lá, mas acho que essas datas, tipo Natal, Ano Novo e aniversários movem sentimentos e, para quem é emotivo, é conveniente conter-se, segurar palavras e gestos, poupar-se. O Natal, particularmente, lembra-me muita coisa, família, colégio, amigos presentes e distantes, alegrias. Festas e comemorações, eis, agora, à nossa frente! Quem as determina?
Não sou afeito a festejar datas, aniversários e semelhantes, preferindo encontrar tempo, para reflexões e construção de estratégias e de combustível espiritual, preparação para o que virá, que é incerto e aleatório. Sei lá, mas acho que essas datas, tipo Natal, Ano Novo e aniversários movem sentimentos e, para quem é emotivo, é conveniente conter-se, segurar palavras e gestos, poupar-se. O Natal, particularmente, lembra-me muita coisa, família, colégio, amigos presentes e distantes, alegrias e tristezas. Este Natal, de 2021, está mexendo muito o íntimo de todos nós, valores de quem é racional e tem o pé no chão e consciência dos fatos e tensões atuais. Pergunto: o momento em que vivenciamos um dos mais obscuros de nossa história, trazendo pandemia, negacionismos, notícias falsas, fome, desemprego, crise de valores, estes, antes, imaginados sólidos, são racionais as exageradas celebrações? Vejo em frente uma travessia difícil, pedindo resistência, sem irracionais comemorações ou acomodação. Talvez, alguém censure-me por esse posicionamento, por inegável postura política. A atual conjuntura justifica, para festejar a vida, deveria ser a opção, para o que demanda construções ou conservação das bases, ainda, existentes.
O Natal não é mais uma data cristã, é, essencialmente, uma festa pagã, alimentada pelo consumismo, ativação do comércio, indutor do capitalismo, do lucro e dos setores da produção econômica, ao mesmo tempo em que exclui uma imensa massa do consumo e do poder de compra. Natal, hoje, é sinônimo de exclusão. Quando você se sente menor, no sentido das limitações impostas pela crise sanitária e econômica, somando a conjuntura política, na qual nós brasileiros e o mundo estamos atravessando o sentimento é de fragilidade, abate-nos, profundamente. O pior: Inexiste o mínimo sinal do tamanho dessa, já, tormentosa travessia.
Ao que parece, a estrada é longa, exigindo combustível e resistência para seu final, por isso, falo de reflexão e resistência. Aonde e quando chegaremos? O porto seguro de um mundo melhor, mais justo, menos violento, sem fome e sem abissais desigualdades é incerto. Faço esses questionamentos com inteira segurança, sem sucumbir a um superficial pessimismo, assim é minha opção, resultado de reflexão e de reconstrução de ideias, de um mundo real, preponderantemente, perverso. Oxalá, continuemos resistindo, cuja luta tem inicia, individualmente, mas é, essencialmente, coletiva e, em duas vertentes, desfazimento dos dos males e das práticas perniciosas e construções positivas para o futuro, apesar das condições globais desfavoráveis. O conflito não é só nosso, do Brasil, mas também, de natureza global, é mundial. Sem dúvida, resta-nos resistir, nunca sucumbir diante dessas forças visíveis e invisíveis, que põem em risco a existência da humanidade e do planeta terra, este, em acelerada destruição. As dúvidas são robustas e, optando por um mundo melhor, a palavra chave é a de resistir, unindo forças positivas; o contrário será, aí sim, o “fim da história”, o apocalipse. Não chego a dizer o que um amigo disse-me, ontem: “creia-me, estamos ferrados”! A interpretação da história mostra-nos que, ela não ê cartesiana, não é em linha reta, é ondular. O irracional surge e exige denodado esforço para recolocar a vida em seu trilho.
A humanidade, no momento, está em frente de uma encruzilhada, resta-nos acertar, escolhendo qual será o atalho a ser seguido. Feliz Natal pra todos nós, que seja esta data, de verdade, renascimento e despertar, para que possamos construir um mundo melhor, mais justo e humano (um humano refletido), sem aventureiros governando-nos, surja então para a humanidade uma nova era de luz e de paz. Amém!
Sou José Macedo e tristezas.
Este Natal, de 2021, está mexendo muito o íntimo de todos nós, valores de quem é racional e tem o pé no chão e consciência dos fatos e tensões atuais. Pergunto: o momento em que vivenciamos um dos mais obscuros de nossa história, trazendo pandemia, negacionismos, notícias falsas, fome, desemprego, crise de valores, estes, antes, imaginados sólidos, são racionais as exageradas celebrações? Vejo em frente uma travessia difícil, pedindo resistência, sem irracionais comemorações ou acomodação. Talvez, alguém censure-me por esse posicionamento, por inegável postura política. A atual conjuntura justifica, para festejar a vida, deveria ser a opção, para o que demanda construções ou conservação das bases, ainda, existentes.
O Natal não é mais uma data cristã, é, essencialmente, uma festa pagã, alimentada pelo consumismo, ativação do comércio, indutor do capitalismo, do lucro e dos setores da produção econômica, ao mesmo tempo em que exclui uma imensa massa do consumo e do poder de compra. Natal, hoje, é sinônimo de exclusão
Quando você se sente menor, no sentido das limitações impostas pela crise sanitária e econômica, somando a conjuntura política, na qual nós brasileiros e o mundo estamos atravessando o sentimento é de fragilidade, abate-nos, profundamente.
O pior: Inexiste o mínimo sinal do tamanho dessa, já, tormentosa travessia. Ao que parece, a estrada é longa, exigindo combustível e resistência para seu final, por isso, falo de reflexão e resistência. Aonde e quando chegaremos? O porto seguro de um mundo melhor, mais justo, menos violento, sem fome e sem abissais desigualdades é incerto. Faço esses questionamentos com inteira segurança, sem sucumbir a um superficial pessimismo, assim é minha opção, resultado de reflexão e de reconstrução de ideias, de um mundo real, preponderantemente, perverso.
Oxalá, continuemos resistindo, cuja luta tem inicia, individualmente, mas é, essencialmente, coletiva e, em duas vertentes, desfazimento dos dos males e das práticas perniciosas e construções positivas para o futuro, apesar das condições globais desfavoráveis. O conflito não é só nosso, do Brasil, mas também, de natureza global, é mundial. Sem dúvida, resta-nos resistir, nunca sucumbir diante dessas forças visíveis e invisíveis, que põem em risco a existência da humanidade e do planeta terra, este, em acelerada destruição. As dúvidas são robustas e, optando por um mundo melhor, a palavra chave é a de resistir, unindo forças positivas; o contrário será, aí sim, o “fim da história”, o apocalipse.
Não chego a dizer o que um amigo disse-me, ontem: “creia-me, estamos ferrados”! A interpretação da história mostra-nos que, ela não ê cartesiana, não é em linha reta, é ondular. O irracional surge e exige denodado esforço para recolocar a vida em seu trilho. A humanidade, no momento, está em frente de uma encruzilhada, resta-nos acertar, escolhendo qual será o atalho a ser seguido. Feliz Natal pra todos nós, que seja esta data, de verdade, renascimento e despertar, para que possamos construir um mundo melhor, mais justo e humano (um humano refletido), sem aventureiros governando-nos, surja então para a humanidade uma nova era de luz e de paz.
Amém!
JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
Tribuna recomenda!
NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.
MAZOLA
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