Por Rafael Holanda –
É duro se perder dentro de si, onde as doces lembranças e as imagem do hoje se comportam como se nada houvesse existido.
É duro tentar compreender que viveu de risos e felicidade, em dado momento se aprisiona dentro de si, não conseguindo esboçar palavras que poderiam se tornar conforto.
A patologia destitui da beleza do bom senso, embora lembranças, bloqueia lágrimas no seu nascedouro, decretando de forma lenta a morte mesmo em vida.
Quem vivia de alegria, se contenta com a nudez do nada, quem trazia no seu coração as grandes vaidades, se transforma em estátua com personificação da eterna tristeza.
Não há mais riso, o desconhecimento total da família, destitui a luminosidade da esperança e num silêncio sepulcral, os dias se transformam em uma constante sem igual.
A patologia indiferente as dores, leva o paciente a lugares dantes navegados pela mente, carregando consigo fenômeno de tristeza que passa a caminhar pelos olhos dos familiares.
Não há terapeuta, não há esperança, porém quem ama é capaz de conviver, por ser o amor mais forte que mil orações.
As noite serão dias e os dias espelharão a noite, o riso de acidente aumenta, porque a defesa do corpo para dentro de uma prisão sem chaves.
Muitos buscam excluir quem no passado só transmitiu amor e em gestos da maldade jogam em casa de internação.
A própria prisão impede embolso de carinho, porém quem guarda as doces memórias, não permite que o sofrido, sofra sozinho.
A família é a maior de todas as armas contra o desespero instalado, demonstrando que todos não são ilhas isoladas distantes da dor, mas um continente de ligação profunda.
Nestes momentos a arte de servir se torna o mais profundo, pois o verdadeiro sentido da vida não é realizar coisas só nas festas e sim nas grandes necessidades.
Trate com carinho, instale proteção, a visita tem importância fundamental, pois vida com sua forma cíclica pode repetir amanhã a imagem em você, que seus olhos serviram de testemunha.
Não se desanime, pois com a chuva enchem regatos e engrossam os rios que chegam ao oceano, assim possa o poder do Senhor fluir e despertar curas.
Lembre que está força poderosa que está acima de tudo, foi capaz de levantar mortos, curar enfermos, realizar coisas fantásticas, apesar de nossa descrença.
Dr. RAFAEL HOLANDA – Médico, colunista, representante e correspondente do jornal Tribuna da Imprensa Livre em Campina Grande, Paraíba – Brasil.
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MAZOLA
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