Por Rumba Gabriel –
Essa sigla infelizmente se encontra eternizada nas favelas do Rio de Janeiro.
A política de segurança não muda e o projeto de extermínio de negros, pobres favelados é imperativo. Na semana passada comemoramos “falsa libertação dos escravos’’, 13 de maio de 1888. A ideia dos colonizadores era de perpetuar esse projeto. Tanto assim que o Brasil foi um dos últimos a “abolir” a escravidão. Mesmo após a “abolição” continuou o tráfico negreiro por aqui.
O Jacarezinho é a favela que concentra o maior número de negros em favelas no Rio de Janeiro. Aí a necessidade de vigiar e punir esse território colocando dentro da favela os antigos DPO – Departamento de Policiamento Ostensivo, na sequência o PPC – Posto de Policiamento Comunitário. Por fim, a UPP – Unidade de Polícia Pacificadora.
Todos esses projetos, claro já nasceram fadados ao fracasso. Isto acontece pelo fato de que não existe vontade política para uma eventual mudança. Este projeto sempre foi um misto de corrupção e ódio. Só para ficar caracterizado o ódio e a corrupção, o Govenador atual Claudio Castro, substituiu o seu antecessor Wilson Witzel conhecido pela frase: “tiro na cabecinha”.
Não é necessário escrever muito sobre essa política de extermínio, pois o Jacarezinho protagonizou a maior chacina em favelas no Rio de Janeiro, foram 27 mortos. Um verdadeiro banho de sangue e só não foi mais porque eu cheguei na hora após ter chamado a Defensoria Pública, Ouvidoria da Defensoria, OAB, ABI, entre outros parceiros.
Agora cerca de 20 dias começaram umas incursões noturnas resultando em várias mortes e feridos. E não pararam mais, abordagens em mulheres jovens e adolescentes, senhoras, pegando carteiras de moradores, tirando dinheiros, invasões de residências, subindo em lajes inclusive na minha, um verdadeiro circo de horror! O que temos claro enquanto moradores é que as vendas de drogas nunca deixaram de existir em todo Estado, inclusive em condomínios e prédios da zona sul, nos interiores, na Região dos Lagos, na Região da Mata Atlântica enfim, em todos os lugares. Mas o estranho é que só as favelas recebem os tratamentos de ódio e extermínio. O tal projeto Cidade Integrada, infelizmente já nasceu desintegrado e o sonho da Vila Olímpica, emprego, educação de qualidade, ficaram para trás. Finalizando, a fome, habitação e o saneamento também desintegraram nas falas gagas do governador Claudio Castro Fobia.
Enquanto isso os estampidos das balas continuam sendo ouvidos e milhares de crianças sem aula e as Clínicas da Família e UPAS fechadas.
RUMBA GABRIEL – Jornalista, Líder Comunitário, Teólogo e Bacharel em Direito que vive no Quilombo Urbano do Jacarezinho.
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