Por Karlos Holanda –
Provavelmente nosso leitor já deve ter ouvido falar dessa patologia ou mesmo conhece alguém que sofre com ela.
Mas afinal o que é essa doença atinge aproximadamente 1% da população mundial, além de ter sua frequência ainda muito subestimada, por dificuldade em se fechar o diagnóstico? A Doença Celíaca á uma doença autoimune do intestino delgado, desencadeada pela exposição ao Glúten. É caracterizada por uma inflamação crônica do intestino delgado, levando a atrofia das vilosidades intestinais, o que por sua vez gera uma absorção intestinal inadequada, gerando uma série de manifestações clínicas que serão citadas mais a frente.
Ela pode aparecer em qualquer idade, porém é mais comum de surgir na infância, entre 1 a 3 anos de idade. Um dado interessante é que em 2003, a lei federal 10.674, passou a determinar que os rótulos de alimentos tenham obrigatoriamente a informação “Contém glúten” ou “Não contém glúten”, servindo dessa forma como um auxílio para os pacientes celíacos e aos seus familiares.
Mas afinal o que é o Glúten? É um conjunto de proteínas, presentes nos seguintes cereais: Centeio, Trigo e Cevada, e por contaminação cruzada na Aveia. Logo ao consumir um desses alimentos, esse paciente gera toda a reação inflamatória, levando ao surgimento das manifestações dessa doença. Entre as mais frequentes, podemos citar a diarreia, a dor abdominal e a constipação, porém citaremos abaixo, mais algumas manifestações que podem ser encontradas, sendo importante ressaltar que existem outras e que nada substitui a avaliação médica, para fechar o diagnóstico.
– Náuseas e vômitos
– Distensão abdominal
– Cansaço
– Anemia
– Dor nas articulações
– Falta de apetite
– Perda de peso
– Infertilidade
– Entre outras
E como é feito o diagnóstico dessa doença? Na suspeitada de Doença Celíaca, o médico pode pedir alguns exames de sangue, além de uma Endoscopia digestiva alta com biópsia do intestino delgado. Com o resultado nas mãos é possível fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Vale ressaltar que não existe nenhum tratamento medicamentoso para essa patologia, sendo o tratamento dietético, o único existente, mas que é extremamente eficaz. Ele consiste em não mais consumir alimentos com glúten por toda a vida, logo alimentos que contenham trigo, centeio, cevada e aveia, não mais poderão ser consumidos, sendo importante ressaltar que em casos extremos, a doença celíaca pode levar até mesmo a morte se não houver o tratamento adequado.
Por fim a doença celíaca, altera toda a rotina familiar, onde todos devem se preocupar em evitar a contaminação dos alimentos que serão consumidos pelo paciente celíaco, auxiliando nesse difícil processo, ao qual ele não possui escolha.
É importante que todos estudem melhor a doença para adquirirem o devido conhecimento no intuído de proteger seu familiar.
Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda
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