Por José Carlos de Assis

Será realizada hoje (19), por vídeo conferência, ação do Congresso Popular de Salvação Nacional reunindo parlamentares e sociedade civil para denunciar as restrições criminosas ao financiamento oficial da luta contra a pandemia do coronavírus. Tratará também do resgate do Brasil, a ser iniciado de forma imediata, pois a nação não pode esperar pelos humores da equipe econômica chefiada por Paulo Guedes para enfrentar o desemprego e a recessão.

A iniciativa visa a sensibilizar a sociedade para a necessidade de ampliar o combate à crise, inclusive em relação ao confinamento social, apontando como um crime contra o povo as atitudes de Jair Bolsonaro e de seus asseclas de sancionar terapias alternativas que a Ciência constatou que matam, em lugar de curar. Esperamos que, num debate virtual aberto, os parlamentares ajudem a sociedade a entender que o Governo nos leva para caminhos falsos.

A ação do Congresso Popular para a Salvação Nacional está aberta a todos os brasileiros que estão conscientes da terrível situação em que nos encontramos do ponto de vista sanitário. Não são apenas os dados absolutos da pandemia que contam, mas sobretudo a velocidade de sua expansão, num contexto em que o Governo não faz praticamente nada para revertê-los, mas de fato os está agravando com as atitudes irresponsáveis do Presidente.

Diante da gravidade absoluta da situação sanitária e econômica brasileira, Bolsonaro não merece um impeachment, que seria extremamente demorado. Merece a deposição desonrosa pelo Congresso Nacional. No Paraguai, devido a uma fraca institucionalidade, um governo progressista, Lugo, foi deposto pelo Congresso em 24 horas. Nossa institucionalidade é igualmente fraca. O chamado baixo clero pode reconstituí-la, nesse caso com um golpe legal.

Trataremos de tudo isso na vídeo conferência. Cremos que o Senado acompanhará a Câmara nas denúncias acima. Como representante de Estados, deve insurgir-se, mesmo que o tempo oficial tenha passado para isso, contra o infame substituto Alcolumbre, que destinou migalhas para o financiamento de ações contra coronavírus em Estados e Municípios. De forma ampla, pode cobrar 1 trilhão de reais que o Governo deve aos Estados, como sustento.

A vídeo conferência será realizada na quarta-feira, como dito, a partir de 19h, sem hora para terminar. Na ocasião, será anunciada a criação do Governo Paralelo – inspirado no Shadow Cabinet inglês -, cujos integrantes farão uma marcação cerradas das iniciativas do desgoverno Bolsonaro, e estimularão ações no Supremo Tribunal Federal e o leniente Procurador Geral da República a dar curso mais rápido a processos contra o Governo.

O link de acesso à conferência segue abaixo, ficará disponível às 18h.


JOSÉ CARLOS DE ASSIS – Jornalista, economista, escritor, professor de Economia Política e doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, autor de mais de 25 livros sobre Economia Política. Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Foi professor de Economia Internacional na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), é pioneiro no jornalismo investigativo brasileiro no período da ditadura militar de 1964. Autor do livro “A Chave do Tesouro, anatomia dos escândalos financeiros no Brasil: 1974/1983”, onde se revela diversos casos de corrupção. Caso Halles, Caso BUC (Banco União Comercial), Caso Econômico, Caso Eletrobrás, Caso UEB/Rio-Sul, Caso Lume, Caso Ipiranga, Caso Aurea, Caso Lutfalla (família de Paulo Maluf, marido de Sylvia Lutfalla Maluf), Caso Abdalla, Caso Atalla, Caso Delfin (Ronald Levinsohn), Caso TAA. Cada caso é um capítulo do livro. Em 1983 o Prêmio Esso de Jornalismo contemplou as reportagens sobre o caso Delfin (BNH favorece a Delfin), do jornalista José Carlos de Assis, na categoria Reportagem, e sobre a Agropecuária Capemi (O Escândalo da Capemi), do jornalista Ayrton Baffa, na categoria Informação Econômica.