Por Alcyr Cavalcanti

Centro político e cultural da nossa Cidade.

A Cinelândia o nosso maior centro político e cultural  está de volta, após quase dois anos de abandono, em virtude da  Pandemia. As atividades começam aos poucos a retornar, para a alegria dos cariocas. O antigo Largo da Mãe do Bispo chamado assim porque morava a mãe de um influente membro da Igreja Católica,  e atual Praça Floriano  continua mais Cinelândia do que nunca, em um Centro da cidade que tem passado por várias transformações.  A construção da Avenida Central, atual Rio Branco  visava modificar o Centro da cidade e transformá-lo em uma Paris Tropical, as construções são em estilo art deco.

O Teatro Municipal joia arquitetônica em estilo art nouveau dos renomados arquitetos Francisco de Oliveira Passos e Albert Guilbert inspirado na Ópera de Paris, inaugurado em 14 de julho de 1909  é um ponto de visita obrigatório. O Teatro que esteve fechado desde 2020 vai aos poucos retomando seus espetáculos. O Municipal já teve dias de glória com os maiores nomes da ópera, do ballet e da música espera reviver seus dias de glória. O Rei Momo também teve seu domínio por alguns dias no teatro, um baile de carnaval era roteiro obrigatório durante os festejos, artistas famosos vinham se divertir em um grande salão que era montado em cima das poltronas, no térreo.

Grandes bailes eram realizados, até que em 1975 uma pancadaria e um quebra quebra obrigaram a cancelar em definitivo o baile, houve destruição de algumas partes em virtude dos excessos no Reino da Folia.

O Professor João Pinheiro é um habitué da Cinelândia, onde vemos o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em função das boas práticas profissionais, o físico nuclear, colunista e membro do Conselho Editorial do jornal Tribuna da Imprensa Livre, recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria da Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ. (Crédito: Daniel Mazola/TIL)

A Cinelândia tem uma série de construções de rara beleza como a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes, a Câmara de Vereadores, o Teatro Municipal, o Cinema Odeon e o prédio onde fica o restaurante Amarelinho uma tradição da boemia carioca, ponto de encontro de intelectuais e políticos. O  tradicional restaurante reaberto no dia 20 de Novembro vai trazer de volta a alma encantadora das praças e ruas cariocas em busca do retorno de todas as suas atividades após meses e meses de confinamento e solidão.

O espírito alegre dos cariocas aos poucos está de volta sob as bênçãos de São Sebastião, padroeiro da cidade que teima em ser maravilhosa.

ALCYR CAVALCANTI – Jornalista profissional e repórter fotográfico, trabalhou nos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e em agências de notícias internacionais. Bacharel em Filosofia pela Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) e mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor universitário, ex-presidente da ARFOC, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.


 

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