Redação

Em Nota, as Centrais Sindicais repudiam posicionamento de Jair Bolsonaro em discurso para apoiadores do golpe, domingo (19), em Brasília.

As Centrais Sindicais abaixo-assinadas repudiam a escalada golpista liderada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Sua participação em um ato pela volta do AI-5, fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, e pela ruptura da ordem democrática, assegurada na Constituição de 1988, foi mais um episódio grotesco dessa escalada.

Isolado e crescentemente descontrolado que está, provocou, novamente, o seu show de horrores em relação ao necessário isolamento social e de bravatas que afrontam a democracia e colocam o País numa situação ainda mais dramática diante da pandemia que nos assola e que já conta mais de 30 mil contaminados e nos aproxima dos três mil mortos.

Seguindo o mau exemplo de Bolsonaro, atos semelhantes ocorreram hoje em diversas cidades brasileiras, mesmo em meio à quarentena para prevenção da disseminação do coronavírus.

Bolsonaro mais uma vez testa os limites do seu cargo e os limites das instituições democráticas. Ele avança, com suas extravagâncias, onde não encontra resistência. Se a resistência não vier, até onde irá a irresponsabilidade do presidente? Onde vamos parar? Uma contundente resposta faz-se urgente e necessária.

Importante frisar que, além de sua postura irresponsável, ele nada oferece aos trabalhadores. A dura realidade do Brasil de Bolsonaro é que os brasileiros, que já vêm sofrendo perdas de direitos desde 2017, agora sofrem redução salarial de 30% por conta das medidas de suspensão do contrato de trabalho e redução de salário, instituídas pela MP 936.

Neste grave contexto as Centrais chamam os líderes políticos e da sociedade civil, os representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, das instituições, bem como a todos os democratas, a cerrar fileiras na defesa da Democracia para barrar os planos do atual Presidente de impor um regime autoritário e repressivo.

Não ao golpe de Bolsonaro! Viva a Democracia!

São Paulo, 19 de abril de 2020

Sérgio Nobre – Presidente da CUT;
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical;
Ricardo Patah – Presidente da UGT;
Adilson Araújo – Presidente da CTB;
José Calixto Ramos – Presidente da NCST;
Antonio Neto – Presidente da CSB.


Fonte: Agência Sindical