Redação

O Brasil ultrapassou neste sábado (10.abr.2021) a marca de 350 mil mortos pela covid-19. O país tinha pelo menos 13.445.006 casos e 351.334 óbitos pelo coronavírus até 18h30 deste sábado. São 71.832 diagnósticos e 2.616 vítimas a mais do que o registrado no dia anterior.

Os números são do Ministério da Saúde. O governo também afirma que 11,8 milhões de pessoas estão recuperadas da doença, e 1,3 milhão permanecem em acompanhamento.

A média de mortes nos últimos 7 dias foi de 3.020. A de casos, de 70.201.

Poder360 usa como métrica a média móvel de 7 dias. Ou seja, a média diária de mortes e casos nos 7 dias anteriores à data. A curva matiza eventuais variações abruptas, sobretudo nos fins de semana, quando há menos casos relatados. Isso porque nesses dias há menos funcionários nas secretarias estaduais de Saúde para reportar e, no Ministério da Saúde, para compilar os dados.

MORTES PROPORCIONAIS

O Brasil tem 1.647 vítimas de covid por milhão de habitantes, segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Só o Nordeste (1.286) está abaixo da média nacional. Na análise por Estados, apenas o Maranhão (910) tem menos de 1.000 vítimas por milhão.

Dezessete unidades da Federação ultrapassaram as 1.500 mortes por milhão. Cinco Estados e o Distrito Federal tem mais de 2.000. A pior situação é no Amazonas, onde há 2.863 mortes por covid a cada milhão de habitantes.

Eis os números:

BRASIL X MUNDO

Só os Estados Unidos têm mais vítimas que o Brasil. São 575.568 mortos no país do hemisfério norte, segundo o monitor Worldometer, consultado às 21h deste sábado (10.abr.2021).

As 1.647 mortes por milhão de habitantes coloca o Brasil na 14ª posição do ranking mundial. Em 31 de outubro, o Brasil ocupava o 4º lugar. Eis a lista:

Os registros de mortes não se referem a quando alguém morreu, mas ao dia em que o óbito por coronavírus foi informado ao Ministério da Saúde. Aos fins de semana há menos registros não porque morrem menos pessoas, mas porque há menos capacidade operacional (menos funcionários) das secretarias estaduais de saúde em reportar e, do Ministério da Saúde, em compilar os dados.

É comum que mortes confirmadas em um dia por um Estado acabem, por algum problema técnico, sendo reportadas ao governo federal apenas no dia seguinte.

Eis como funciona a notificação:

  • suponha que em 25 de agosto algum Estado confirme 300 mortes;
  • e que, por um problema na plataforma que notifica os dados ou outra questão técnica, não consiga enviar as informações ao Ministério da Saúde;
  • no dia seguinte, o mesmo Estado confirma 200 mortes;
  • a Secretaria de Saúde enviará ao governo federal, em 26 de agosto, as mortes confirmadas naquela data (200) acrescidas do que deixou de enviar no dia anterior (300).
  • a notificação de 500 mortes em 26 de agosto, portanto, não necessariamente corresponde aos óbitos que ocorreram ou foram confirmados naquele dia.
Os registros de mortes são divulgados diariamente, por volta das 18h, pelo Ministério da Saúde neste site e em imagens de tabelas enviadas pela pasta a jornalistas. Eis um exemplo, de 6 de março:

A data real da morte pode demorar até 9 meses para ser confirmada. Os números de óbitos divididos pelo dia em que realmente ocorreram é divulgado nos boletins epidemiológicos semanais do Ministério da Saúde. É um número que é atualizado (e tende a aumentar para os dias mais recentes) a cada edição do boletim, já que depende da confirmação da data da morte. Muitas vezes a notificação das mortes pelas secretarias Estaduais chega sem a confirmação do dia exato em que ela ocorreu. Os boletins epidemiológicos são divulgados neste site. O Poder360 realiza reportagens frequentes com esses dados. Leia a mais recente aqui.


Fonte: Poder360