Redação

Mais um integrante da cúpula do governo de Jair Bolsonaro (PL), fez uma declaração com viés golpista. Dessa vez foi o general Walter Braga Netto (PL), pré-candidato a vice na chapa pela reeleição do capitão do Exército. Braga Netto afirmou em um encontro com empresários da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) que, se não for feita a auditoria dos votos defendida pelo presidente, “não tem eleição” este ano.  A informação é da colunista Malu Gaspar e foi publicada no jornal O Globo, nesta sexta-feira (1º).

Braga Netto fez a declaração dois dias antes de ele ser oficializado como vice. E causou constrangimento na plateia de 40 empresários selecionados pela Firjan para um discreto encontro dedicado oficialmente à apresentação de pleitos do Rio ao “assessor especial da presidência da República”.

DIZ A JORNALISTA – “Longe da imprensa e frente a uma audiência em tese simpática, Braga Netto se soltou e repetiu a narrativa infundada de Bolsonaro sobre a segurança da urna eletrônica – ao contrário do que diz o presidente, os votos no Brasil são auditáveis”, escreveu Malu Gaspar.

À equipe da coluna, a assessoria de imprensa de Braga Netto afirmou que não houve ameaças, que sua fala foi tirada de contexto e mal interpretada pelas fontes.

“Mas, segundo relatos colhidos pela equipe da coluna, a sala foi tomada por um incômodo silêncio após a declaração”, ressalta Malu Gaspar.

COM PAZUELLO – O militar da reserva, que foi exonerado nesta sexta-feira do governo para disputar as eleições, estava acompanhado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, também general e pré-candidato a deputado federal pelo PL.

A reportagem do Globo lembra que o general Braga Netto recebeu de estrategistas de Bolsonaro a missão de ajudar na arrecadação de recursos para a campanha.

A previsão da cúpula da campanha é que o candidato a vice-presidente se dedique a viajar pelos estados onde estão os principais doadores.

Fonte: O Tempo


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