Por Pedro do Coutto –
A bomba que explodiu num hospital de Gaza, matando centenas de pessoas em número que oscila entre duzentas e quinhentas, explodiu também na consciência humana mundial e seus estilhaços são tão nocivos que nenhuma facção em conflito no Oriente Médio assume a sua autoria.
O presidente Joe Biden chegou a Israel na manhã desta quarta-feira, mas a reunião que faria com líderes dos diversos países da região foi cancelada e seu contato ficou somente com o governo de Israel. A versão israelense sobre o ataque é a de que foi um míssil disparado contra Tel Aviv pelo Jihad que teve um erro na trajetória e detonou centenas de vidas.
PERPLEXIDADE – O mundo assiste perplexo ao acontecimento. Mais um da tragédia que começou no início de outubro com o ataque do Hamas a Israel e que não se sabe como e em que ponto será contido, pelo menos com um cessar fogo em nome da humanidade. Apelos, inclusive do Papa Francisco, não cessam. Mas o ódio predomina e impulsiona os assassinatos que se repetem.
O presidente Lula, empenhado em repatriar 28 brasileiros, não conseguiu ainda autorização do Egito para que eles possam cruzar a fronteira do Sul de Gaza, chegar à cidade de Rafah, e daí embarcar no avião da FAB que os espera no Cairo. Não se pode admitir mais um adiamento da manifestação, pois a cada 24 horas, mil pessoas, entre elas crianças, perdem a vida. Neste caso, os assassinos estão matando até o futuro.
A solução humanitária é urgentíssima. A esperança de repatriamento dos brasileiros que vivem a ansiedade na fronteira com o Egito continua sendo objeto da tentativa e do empenho do presidente Lula da Silva. Aguardemos que o amanhecer desta quinta-feira possa trazer algum avanço em favor da vida.
ALUGUÉIS – Nos últimos 12 meses, a alta dos aluguéis, principalmente no Rio e em São Paulo, superou por larga margem a inflação. Impressionante o reflexo no custo de vida. No O Globo, a reportagem é de Pollyanna Brêtas, Mayra Castro e Daniela Nogueira. Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FipeZap) com base nos anúncios de 25 cidades, indica que, no ano, os aluguéis já subiram 13,26% e, nos últimos 12 meses, a alta foi de 16,16%. Bem acima da inflação que está em torno de 5%.
O coordenador do Índice FipeZap, Alison Pablo de Oliveira, afirma que aumentou a demanda por imóveis residenciais para aluguel. Há necessidade de uma nova legislação, pois não há correspondência dos salários para tal aumento. O reflexo só poderá ser observado na redução até dos alimentos.
PEDRO DO COUTTO é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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