Por Emanuel Cancella –
Quando eu era menino, lá em Irajá no Rio, o saudoso, papai periodicamente dava um purgante para limpar o intestino e vermífugo para botar para fora os vermes. Isso era uma rotina nos lares, principalmente da periferia. Não sei qual o de pior odor ou sabor, o purgante ou o laxante.
Cena de terror no banheiro, sentado no vaso sanitário pós vermífugo vendo as lombrigas saírem. Minhas filhas não resistiriam a isso. Os jovens de hoje não sabem pelo que passamos!
Então passou a ser comum chamar uma coisa muito ruim de purgante, verme.
E Bolsonaro é um purgante!
Assim como o veneno da cobra é o antídoto para sua própria mordida. A ampla maioria dos jovens há mais tempo que como eu, de 71 anos, foi vítima na juventude das doenças venéreas oriundas do contato sexual: Gonorreia, cancro, sífilis, herpes genital e outras.
O aparecimento da Aids, em 1977, 1978, que matou talvez mais que o coronavirus. O uso das camisinhas no sexo praticamente acabou com as doenças venéreas (1). E as doenças venéreas matavam principalmente quando por falta de tratamento viravam crônicas.
Perdi um amado amigo da adolescência, João Luiz, um atleta, pai de família, que padeceu por 20 anos num manicômio vindo a falecer por conta de uma sífilis que adquiriu na adolescência, mal curada, que dizem, subiu para a cabeça.
Outro amigo fazia tratamento doloroso que consistia em enfiar um instrumento no canal uretral por conta de uma gonorreia mal curada. Os jovens hoje, graças a deus, estão praticamente livres das doenças venéreas e da AIDS.
E dia 2 de outubro, os brasileiros, jovens e adultos, homens e mulheres, vão tomar um purgante e um vermífugo. Na verdade, nosso antídoto é o voto na urna eletrônica para botar o purgante o verme, o excremento, para fora!
Fonte:
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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