Por Karlos Holanda –
É cada dia mais frequente, principalmente nos consultórios de Ginecologia, a procura pela Terapia de Reposição hormonal por mulheres que entraram na menopausa.
Muitas delas chegam queixando-se de sintomas como suor intenso, diminuição da Libido, ressecamento vaginal, ondas de calor, insônia, entre outros, porém quase todos criando dificuldades no dia a dia e nos relacionamentos dessa mulher.
Os benefícios gerados por esse tratamento são realmente muito atraentes, como por exemplo a melhora da vida sexual, prevenção da osteoporose além de melhoras do humor e das funções cognitivas. Diante do exposto nosso leitor deve estar se perguntando, o porquê de não se indicar essa terapia para todas as mulheres que entram na menopausa? A resposta é que ela traz além dos benefícios, alguns riscos associados, e para que seja indicada com segurança, a paciente deve se submeter a uma avaliação rigorosa para que seja avaliado o seu risco x benefício.
Estudos demonstraram que com o uso da Terapia de Reposição hormonal, há um aumento da incidência de câncer de mama e de doenças cardiovasculares, porém com a realização dos exames antes do seu início, e um acompanhamento médico criterioso e regular, pode-se dizer que com indicação, é seguro realizar a reposição desses hormônios.
Para iniciar o tratamento, as mulheres devem estar com seu exame de mamografia atualizado, além de ser fundamental a avaliação do seu risco cardiovascular, não havendo contra indicação, caberá ao médico indicar qual o tipo de reposição a ser iniciada. Vale ressaltar que durante o tratamento, mamografias anuais, exames de ultrassonografia e avaliações do risco cardiovascular devem fazer parte da rotina dessa paciente.
Por fim valer lembrar que mesmo diante de tudo que foi exposto, a decisão de se iniciar ou não a reposição deve ser feita criteriosamente pelo médico que está acompanhando a paciente, levando em consideração a avaliação dos exames, e principalmente a avaliação clínica individual da paciente, para que o resultado seja o desejado com o mínimo de riscos associados.
Dessa forma concluímos que seguindo todos os critérios estabelecidos, é seguro realizar a Reposição Hormonal.
Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda
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