Por Sérgio Vieira –

Portugal / Europa – Século XXI.

Neste momento tendo a Hungria e Polônia como cabeças de cartaz, o movimento de extrema-direita na Europa se alastra.

Na Hungria na pessoa detestável / execrável do senhor Viktor Orbán, vem manchar todo o esforço da União Europeia em descartar-se destes detestáveis movimentos.

Coadjuvado nos pensamentos xenófabos, homofóbicos e racistas pelo senhor Mateusz Morawiecki, Primeiro Ministro Polonês.

Viktor Orbán e Mateusz Morawiecki. (Getty Images)

Fazem a dupla perfeita no que toca aos princípios Hitlerianos. Defendendo a purificação da raça, e relegando aos guetos as comunidades, LGBT, minorias raciais (negros e imigrantes) e tudo o mais o que não tenha como origem a pura raça que eles apregoam.

Existe um fenômeno na Europa cujas características incluem o nacionalismo e o populismo que, apesar de ter estado sempre presente, tem assistido a um crescimento e a um aumento eleitoral.

Isto causa preocupação crescente desde as eleições de 2014, uma vez que estas significaram uma mudança dramática para a direita política. Ao reforçar estes resultados, eleições de 2017 conduziram a relatos de uma “revolução populista” e a um aumento da extrema-direita que continuava a tendência de 2014 do Brexit e da eleição de Donald Trump.

Assim, este contexto aumentou a atenção acadêmica dada ao populismo e à extrema-direita.

Esse fenômeno é oriundo dos anos 90, através, por exemplo da interpretação da dissolução da União Soviética como uma vitória sobre o comunismo.

O movimento alastra-se.

Marion Anne Perrine Le Pen, é advogada e política de extrema-direita na França. Deputada do Parlamento Europeu desde 2004, foi eleita presidente da Frente Nacional em 16 de janeiro de 2011, em substituição a seu pai, Jean-Marie Le Pen. (Wikipédia)

Marine le Pen, na França, e até em Portugal, já se pode contar com este detestável movimento na voz partido “Chega”. Embora tenha só um Deputado no Parlamento Português, o espalhafato, a demagogia e o populismo, vai ganhando assustadora força.

Todos os partidos Portugueses rejeitam os princípios e os discursos racistas que exalam daquela boca fétida, de seu nome, André Ventura.

Só para se ter uma ideia da penetração deste fenômeno, uma cidade portuguesa (Portalegre), simplesmente mudou o seu sentido de voto do Partido Comunista Português para o Chega.

Daqui podemos tirar conclusões sobre o poder do discurso do convencimento e a penetração demagógica em populações em que a maioria nem alfabetizada é.

André Ventura, vai levantando em Portugal uma onda de ódio e de preocupante ascensão. Já se candidatou à Presidência da República, o que resultou num rotundo NÃO!

O líder do Chega foi candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Loures nas eleições autárquicas de 2017. Ficou como vereador até Outubro de 2018, quando renunciou ao mandato e se desfilou do partido para criar o extremista “Chega”. (Divulgação)

Mas o perigo continua solto, e com muitas adesões nas populações mais carentes de informação.

À luz da democracia, toda a opinião é válida. Mas há um limite para o discurso democrático.

Não há lugar na democracia para espalhar o ódio, o racismo, a xenofobia o anti-islamismo e etc.

Acho que a propaganda mesmo contra, ajuda a disseminação desta extrema-direita.
Como Hitler vivia da propaganda Hitleriana, esta extrema-direita também se alimenta deste instrumento.

Demos a eles o obscurantismo que eles merecem.

Menino palestino segurando a bandeira nacional perto da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. (Mahmud Hams/Getty Images)

Ps. 1 – Uma palavra de apoio aos nossos irmãos Palestinos que vêm diariamente as suas terras serem tomadas pelos Judeus (com a complacência e apoio dos EUA), que com base na história da sua raça se acham no direito de fazer um holocausto estilo moderno. Estou, e estarei ao lado do povo Palestino, até que sejam devolvidas as suas terras e a sua dignidade.

LIBERDADE PARA A PALESTINA!

SÉRGIO VIEIRA – Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Aveiro, Portugal. Jornalista, bancário aposentado, radicado em Portugal desde 1986.


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