Por José Macedo –

O ser humano é um mentiroso nato, constata-se na Bíblia e até, na mitoligia grega, o cavalo de Troia é emblemático.

A mentira está imbricada na história da humanidade.

O tema, objeto deste artigo, em epígrafe suscita reflexão, nessa era da pós-verdade, da IA, onde tudo é líquido, passageiro, fulgaz.

Assim, “tudo que é solido se desmancha no ar”.

Algumas citacões fundamentam minha tese, tornando-a inconteste.

A fábula, “a mentira e a verdade”, é, consequentemente, o pano de fundo que, nesse cenário de obscuridade, do império do hedonismo, merece presença na abordagem do assunto.

“A mentira não tem perna curta”, ela se estende, anda rápido, apesar, em vestida de verdade.

A verdade esconde-se, nua e vencida.

Nessa era, assim, prospera, a cultura do fast food e do pensamento fácil para ser consumido, absorvido, quer seja na polítíca, quer seja nos relacionamentos inter pessoais.

A ciência subordina-se às versões de canalhas e espertos.

Na política, aparecem as contradições, superando a lógica, o movimento dialético, a razão, como pensou o filósofo Hegel.

O Trump, nos Estados Unidos, atribuiu a sua derrota à votação através da cédula; no Brasil, o Bolsonaro às urnas eletrônicas.

Sugnifica a imposicão a serviço de suas versões.

Na pandemia, Covid19, o Bolsonaro negou a ciência, vendeu a Cloroquina, sabendo ser ineficaz.

Ele praticou estelionato, na sua forma dolosa, sabendo de sua ineficácia e ilicitude, objetivando levar vantagem a seus interesses políticos e versões.

Não tenho espaço para alongar o conteúdo desse artigo, que pode tornar-se enfadonho.

A mentira, as notícias falsas, fake news, alimentam a política e a seus maus agentes, penetram em todo mundo, desmoralizando a política, enfraquecendo a democracia e suas instituições.

Ainda, a título de exemplo, quem não se recorda de Sadam Husseim, no Iraque, foi retirado do poder, pelo governo Bush, sob a alegação de possuir armas de destruição em massa. Constatou-se que era notícia falsa, a serviço da política de dominacão americana.

Mas, nada aconteceu.

A mentira prospera, andando, vestida de verdade, a passos rápidos, enquanto a verdade, inferiorizada, tenta desmoralizar a mentira, retomando suas vestes.

Nesse macabro contexto, tudo indica que teremos dias tenebrosos, nessa era da pós-verdade, valendo a versão, em detrimento dos fatos e, nosso futuro, a terra, nossa casa sofre destruição, o clima abrasador, pelo negacionismo, torna-se-á inabitável, as coisas permanecendo como estão, sem que haja profunda mudança, conscitização no que é mentira ou verdade, acreditando na ciência.

Do contrário, em poucas décadas, seremos um deserto e inabitável.

Nessa renhida luta e de conflitos planetários, quem vencerá? A verdade ou a mentira? Não sei!

JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


PATROCÍNIO

Tribuna recomenda!