Redação

Durante a entrevista ao Jornal Nacional, o ex-presidente Lula (PT) somou menos postagens atreladas ao seu nome no Twitter e menos comentários tanto no Instagram quanto no Facebook na comparação com seu principal concorrente ao Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas o petista teve índice bem maior de menções positivas do que o seu concorrente. Lula teve 55% de menções positivas durante o telejornal, enquanto Bolsonaro, apenas 29%.

Os dados são de levantamento da Vox Radar, empresa especializada em análise de dados provenientes das redes sociais, encomendado pela startup de comunicação corporativa O Pauteiro. Bolsonaro foi sabatinado por William Bonner e Renata Vasconcellos na segunda-feira, e Lula, na quinta (25). A pesquisa se concentrou no período das entrevistas, das 20h30 às 21h10.

No caso do petista, 36% das menções foram negativas e 9%, neutras. Com Bolsonaro, 54% das postagens foram negativas e 17% neutras. O universo de postagens no Twitter citando o atual presidente, porém, foi praticamente o dobro. Enquanto Lula teve menções em 8,5 mil publicações, Bolsonaro foi citado em 16,5 mil.

A quantidade de citações a Bolsonaro em comentários no Facebook e Instagram foi ainda maior. O ex-presidente foi mencionado em 42,5 mil comentários no Instagram, algo em torno de 1.000 a cada minuto de entrevista no horário nobre da Globo. No seu dia, Jair Bolsonaro foi citado em 65,1 mil comentários, com média de 1,6 mil por minuto.

Já no Facebook, Bolsonaro foi citado em 122 mil comentários ao longo dos 40 minutos de entrevista (3.050 por minuto), enquanto Lula contou com 17,3 mil menções, com média de 433 comentários por minuto, sete vezes menos que o rival.

Segundo o levantamento, os dois candidatos tiveram mais de 50% das publicações do Twitter citando os seus nomes vindas do Sudeste, com destaque para São Paulo (25,5% para Bolsonaro e 21,8% para Lula). Os dois postulantes à Presidência tiveram Rio de Janeiro e Minas Gerais na sequência de estados com mais postagens. O Nordeste foi a segunda região nas publicações de ambos, com destaque para Pernambuco e Bahia. Assim como o Sul, com presença do Rio Grande do Sul e Paraná para ambos, com Santa Catarina mais presente em Bolsonaro.

“As redes sociais são um elemento fundamental das campanhas políticas. Qualquer análise do cenário sobre a comunicação política passa por compreender a forma como os eleitores se referem aos candidatos por meio das redes”, afirma o jornalista e co-fundador de O Pauteiro, Fábio Brandt.

“O elevado investimento das campanhas na comunicação digital, o alto nível dos profissionais que atuam na área e também o esforço da Justiça para coibir o mau uso das redes demonstram a relevância do tema”, diz o jornalista Samuel Figueiredo, co-fundador de O Pauteiro.

Para o CEO do Vox Radar, João Yamim, um dos grandes méritos da ferramenta é conseguir identificar e eliminar da contagem os perfis controlados de maneira artificial, mantendo assim o máximo de fidelidade na avaliação por parte dos algoritmos. “Eliminados os robôs, temos uma visão mais clara do que pensam e de como se posicionam os usuários. Embora totalmente anônima, a amostragem busca todos os interesses do perfil, o que facilita na identificação do posicionamento diante de um candidato”, diz.

Fonte: Congresso em Foco

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