Por Sérgio Ricardo

Nesta segunda-feira (17 de maio) será realizada uma Vistoria Técnica na Ilha de Brocoió e no imóvel tombado Solar del ReY, na Ilha de Paquetá, com participação de representantes da Secretaria de Estado da Casa Civil que é a gestora de Brocoió, da Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), do Departamento de Ensino e Navegação da Marinha do Brasil, do Instituto Chico Mendes (ICMBIO, órgão do Ministério do Meio Ambiente, que gerencia a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim e da Estação Ecológica da Guanabara e das instituições proponentes do Projeto: UNIVERSIDADE DO MAR DA BAÍA DE GUANABARA (Reitoria da UERJ, Baía Viva e a MORENA – Associação de Moradores da Ilha de Paquetá).

A Universidade do Mar prevê um Campus Avançado em Terra a ser sediado no Solar Del Rey e um Campus Avançado no Mar na Ilha de Brocoió, ambos situados no Arquipélago de Paquetá.

Entre 2019 e 2020 foi elaborado um Projeto de Restauração do Solar del Rey, bem de valor histórico cultural que por 20 anos sediou a Biblioteca Pública da ilha e está fechado e abandonado há 11 anos estando atualmente com seu terreno coberto de capim colonião e entulho, sendo que esta proposta foi elaborada pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) que é a gestora do Solar e a RIOURBE e foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Já a Ilha de Brocoió que é a 2ª sede do governo do estado, dispõe de um Palacete construído no passado pela família Guinle que é um bem tombado por seu valor histórico e cultural pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural).

Solar del Rey (Divulgação/Baía Viva)

A Universidade do Mar tem por objetivo apoiar uma inserção articulada do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro nas seguintes agendas internacionais: “Década do Oceano” (ONU, 2021-2030); “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável”; “Década da Restauração de Ecossistemas” (2021-2030); Agenda 2030 (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável que tem como metas instituir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).

O projeto, até o momento, já conta com o apoio institucional de mais de 30 Departamentos e Laboratórios de Universidades públicas e privadas e outras instituições científicas, organizações da sociedade civil, entidades do setor pesqueiro e órgãos públicos. Está prevista a criação de um consórcio (pool) de instituições que atuarão de forma cooperativa através de um Conselho Gestor a ser formado pelas organizações apoiadoras desta iniciativa.

A Universidade do Mar tem por objetivos promover o desenvolvimento das Ciências do Mar e da Economia do Mar (Economia Azul, ONU); projetos de monitoramento ambiental e de conservação da biodiversidade marinha como o boto-cinza (Sotalia fluviatilis) que apesar de ser o símbolo do brasão do Rio de Janeiro é uma das espécies classificadas como ameaçadas de extinção; Educação Ambiental voltada à uma mentalidade marítima e costeira; apoio a projetos de Extensão Pesqueira e a preservação do patrimônio histórico-cultural.

Estão previstos nos dois campus avançados atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária; cursos de capacitação de professores e de formação politécnica e na promoção de cursos livres voltados às comunidades pesqueiras artesanais e à população em geral; bem como objetiva-se promover cursos técnicos nas áreas de Meio Ambiente, Turismo e Pesca/Aquicultura, Gastronomia, Ecoturismo e Turismo de Base Comunitária.

Um objetivo estratégico da Universidade do Mar é apoiar o processo de desenvolvimento socioeconômico com sustentabilidade ambiental do Estado do Rio de Janeiro através da elaboração de um PLANO DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA DA BAÍA DE GUANABARA com metas a serem adotadas pelos órgãos públicos e empresas e com a publicidade dos resultados de indicadores socioambientais e de saúde ambiental dos ecossistemas por meio da articulação institucional de diversos atores sociais de governos, empresas e da sociedade civil.


SÉRGIO RICARDO VERDE – Ecologista, membro fundador do movimento BAÍA VIVA, gestor e planejador ambiental, produtor cultural, engajado nas causas ecológicas e sociais, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, membro do Conselho Estadual de Direitos Indígenas (CEDIND-RJ) pela organização GRUMIN presidida pela escritora Eliane Potiguara. www.baiaviva.com