Por Luiz Carlos Prestes Filho –
ENTREVISTA N.6 – ESPECIAL REGULAMENTAÇÃO DE JOGOS.
Para Vinicius Hemetério, vereador pelo partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), cidade de Caxambu, Estado de Minas Gerais, em entrevista exclusiva, afirmou que a regulamentação dos jogos de apostas em dinheiro administrados pela iniciativa privada no Brasil:
“É uma oportunidade ímpar para melhorar arrecadação tributária municipal, gerar renda e postos de trabalho para profissionais de alta qualificação: administradores, gerentes, contadores, economistas e especialistas em recursos humanos. Claro para músicos, maestros, compositores, artistas de teatro e profissionais da dança.”
Luiz Carlos Prestes Filho: Qual é a visão institucional de Caxambu sobre os encaminhamentos que podem regulamentar os jogos privados no Brasil?
Vinicius Hemetério: Na condição de cidadão Caxambuense e membro do Legislativo Municipal, sou vereador reeleito, afirmo que vejo com bons olhos a regulamentação dos jogos administrados pela iniciativa privada no Brasil. Será uma oportunidade ímpar para melhorar arrecadação tributária, gerar renda e postos de trabalho para profissionais de alta qualificação: administradores, gerentes, contadores, economistas e especialistas em recursos humanos. Claro para músicos, maestros, compositores, artistas de teatro e profissionais da dança.
Prestes Filho: No momento da crise, criada pela Covid 19, a regulamentação abriria oportunidades para o setor do Turismo?
Vinicius Hemetério: O setor do Turismo foi atingido diretamente pela pandemia do Covid 19. Sou testemunha ocular, pois moro em uma cidade turística e presenciei a queda exorbitante no movimento. Toda a cadeia produtiva envolvida com o Turismo de nossa cidade será beneficiada caso aconteça a tão almejada regulamentação. O setor hoteleiro, as companhias de viagens, as empresas de transportes rodoviários, aéreos e marítimos. Acredito ser um incentivo importante para a reativação das linhas férreas de certas localidades, exemplo aquela que atendia o Circuito das Águas de Minas Gerais.
Prestes Filho: A Cadeia Produtiva da Economia de Jogos realiza grandes feiras de negócios de jogos. O Governo Municipal de Caxambu teria intenção de atrair essas eventos nacionais e internacionais?
Vinicius Hemetério: Não posso responder pelo nosso poder executivo municipal, mas acredito que diante da regulamentação dos jogos, a prefeitura de Caxambu poderia atrair feiras nacionais e internacionais. Temos tradição histórica, todo o Brasil tem curiosidade deseja conhecer como eram no passado os nossos cassinos.
Prestes Filho: Somos o único país da América Latina que não tem os jogos regulamentados.
Vinicius Hemetério: A regulamentação passou da hora. Estamos no final da fila na América Latina por não termos “ainda” regulamentado os jogos no Brasil, é uma demanda extremamente importante e necessária. Temos que tentar entender porque passamos 75 anos proibindo cassinos e bingos, mesas de baccarat e roletas.
Prestes Filho: Qual é o melhor modelo para a volta de jogos em Caxambu?
Vinicius Hemetério: Possuímos uma ampla rede hoteleira, que está preparada para receber com excelência turistas nacionais e estrangeiros, com isso, Cassinos Urbanos e Bingos no meu entendimento são a melhor opção para Caxambu.
Prestes Filho: Quais seriam as cidades do Estado de Minas Gerais com mais potencial para o negócio Cassino/Bingo/Turismo?
Vinicius Hemetério: Sou bairrista e “aposto as minhas fichas” em Caxambu e nas demais cidades que já possuíram Cassinos e tem essa vocação no DNA, são elas: Poços de Caldas, Araxá, São Lourenço e Lambari. Inclusive, Caxambu tem a honra de contar com o 1º Hotel Cassino do Brasil, o Hotel Palace. E é claro as cidades maiores como: a nossa capital Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia, Contagem, etc…
Prestes Filho: O regime democrático favorece a regulamentação dos jogos hoje.
Vinicius Hemetério: Com uma Parceria Público Privada (PPP) podemos gerir e fiscalizar as atividades dessa infraestrutura turística. Entendo que não pode continuar o monopólio público na área de jogos. A parceria entre entes públicos e privados poderá da melhor maneira dizer como conduzir cada modalidade. Como numa via de mão dupla, os fundos de arrecadação poderiam ser usados na “capacitação de mão de obra especializada”, inserindo principalmente os jovens no mercado de trabalho.
LUIZ CARLOS PRESTES FILHO – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Cineasta, formado em Direção de Filmes Documentários para Televisão e Cinema pelo Instituto Estatal de Cinema da União Soviética; Especialista em Economia da Cultura e Desenvolvimento Econômico Local; Coordenou estudos sobre a contribuição da Cultura para o PIB do Estado do Rio de Janeiro (2002) e sobre as cadeias produtivas da Economia da Música (2005) e do Carnaval (2009); É autor do livro “O Maior Espetáculo da Terra – 30 anos do Sambódromo” (2015).
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