Por Rafael Holanda

Nasci numa cidade do interior da Paraíba e desde pequeno era Flamengo.

Como não tinha camisa, fazíamos camisa com uso de tinta vermelha e preta para glorificar este time que para os menores era uma verdadeira religião.

Na minha cidade sopegava a rádio Globo e em consequência disso não existia torcedores de times de São Paulo.

Passamos por enormes sofrimentos quando existia o Garrincha do Botafogo e com sua maneira de jogar, transformava nosso domingo, um rosário de lágrimas.

Era muito difícil suportar tanto sofrimento, quando havia esta disputa.

Tivemos grandes alegrias com o Flamengo, principalmente no tempo de Garcia, Tomires e Pavão.

Da esquerda para a direita, Servílio, Chamorro, Pavão, Tomires, Déquinha e Jordan. Agachados, da esquerda para a direita, Joel, Paulinho, Evaristo de Macedo, Dida e Zagallo

O Flamengo era também paixão familiar, pois dos oito irmãos, um era Vasco e outro Botafogo, os demais seguiam o vermelho e preto.

Havia uma rincha, pois o ódio ao Flamengo era secular e com isso bastava uma partida perdida para que recolhêssemos em casa.

O passar do tempo… uma vez Flamengo, sempre Flamengo e mesmo no momento de derrota, haverá sempre um lenço para enxugar as nossas lágrimas.

Dr. RAFAEL HOLANDA – Médico, colunista, representante e correspondente do jornal Tribuna da Imprensa Livre em Campina Grande, Paraíba – Brasil.


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