Redação

A equipe econômica do governo federal teve duas baixas na tarde desta 3ª feira (11.ago.2020). Os secretários especiais Salim Mattar (Desestatização, Desinvestimento e Mercado) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital) pediram demissão.

“Hoje houve uma debandada”, disse o ministro Paulo Guedes (Economia) sobre o tema. Eis o que comentou czar da economia sobre o desfalque na equipe:

  • Salim Mattar – “Ele me diz que é muito difícil privatizar. Que o establishment não deixa vir a privatização, que é tudo muito difícil, muito emperrado. Tem que ter 1 apoio mais definido, mais decisivo”, disse o ministro.
  • Paulo Uebel – “Ele reclama que a reforma administrativa parou”.

Guedes agradeceu o trabalho dos secretários. Expôs de maneira clara a insatisfação de Salim com o ritmo das privatizações. Afirmou que EletrobrasCorreiosDocas de Santos e PPSA são as estatais que gostaria de vender.

Também disse que reforma administrativa está “parada”. O texto não será mais enviado pelo governo este ano.

“Quem dá o timming é a política, quem tem voto é a política. Se o presidente da Câmara quiser pautar algo, é pautado. Se o presidente da República quiser mandar uma reforma, é mandado. Se não quiser, não é mandado. Quem manda não é o ministro e nem os secretários. E os secretários, enquanto o negócio não anda, pode desistir ou insistir.”

BAIXAS NO TIME DE GUEDES

Chega a 7 o número de integrantes do alto escalão da equipe econômica que deixaram o governo. Eis a relação abaixo:

O ministro da Economia disse que essas saídas foram pontuais. “Essas coisas acontecem no governo”.

PROMOVIDOS

Além das demissões e dos demitidos, há os casos de promoção: José Levi assumiu a AGU, Rogério Marinho tornou-se o ministro do Desenvolvimento Regional e Marcos Troyjo assumiu a presidência do Banco dos Brics.


Fonte: Poder360