Redação

O ex-chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, teve que recorrer ao programa de proteção à testemunha da Polícia Federal após sofrer ameaças de morte. O ex-servidor do Ministério da Saúde denunciou na CPI da Covid um suposto esquema de propina na compra da vacina Covaxin.

De acordo com o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que também depôs na CPI, seu irmão e a família dele saíram do país nesta quinta-feira (28/10).

IRMÃO DESABAFA – “O Brasil não é como nos quadrinhos, onde o bem sempre vence! Meu irmão continuou sendo atacado pelo governo, foi exonerado, por conta das ameaças teve que entrar para o programa de proteção à testemunha e sair do país! @jairbolsonaro cria vergonha na cara, você sabe a verdade!”, escreveu no Twitter.

Ricardo Miranda depôs na CPI em junho. Na ocasião, ele disse que sofreu pressão para que aprovasse a vacina Covaxin contra a covid-19. Junto com o irmão deputado, foi ao Palácio da Alvorada num sábado e contou pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro o que estava acontecendo no Ministério da Saúde.

Segundo os irmãos Miranda, o presidente atribuiu as irregularidades aos “rolos” do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

SEM PROVIDÊNCIA – Na conversa, o presidente teria prometido aos irmãos Miranda que tomaria providências, acionando a Polícia Federal, porém nada fez e deixou os acontecimentos se sucederem. Com isso, houve a tentativa de comprar a vacina com pagamento adiantado, superfaturado e sem garantia de entrega.

O assunto virou um escândalo nacional, a CPI fez um estardalhaço e Bolsonaro está respondendo a inquérito no Supremo por prevaricação.

Fonte: Correio Braziliense


 

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