Por Emanuel Cancella –
A solução para a guerra não vai vir da ONU, até por que as grandes potencias no Conselho de Segurança da ONU tem direito a veto.
Mas o que interessa principalmente a Netanyahu é a guerra, por que?
O primeiro-ministro de Israel, Netanyahu está sendo julgado por corrupção, a guerra é uma forma de desviar atenção dos tribunais e quem sabe até de fugir do julgamento, fortalecer seu partido.
A explosão das Torres Gêmeas que matou cerca de 3 mil pessoas (1). Nos ataques terroristas em Nova York e Washington, em 11 de setembro de 2001, dando início à “Guerra ao Terror”, ou seja, a busca pelos culpados do maior atentado sofrido pelos Estados Unidos e o combate aos seus inimigos no Oriente Médio (2).
George W. Bush invadiu o Iraque contra a orientação do Conselho de Segurança da ONU, com argumento falacioso que o Iraque tinha armas de destruição em massa e se reelegeu (5).
Não podemos esquecer que o principal alvo do EUA no Iraque, além da farsa da política de combate ao terror, era as imensas reservas de petróleo do Iraque (6).
Não sou especialista em direito internacional, mas não abro mão de dar o meu pitaco, assim como incorporo o espírito de Raul Seixas da Metamorfose ambulante, ou seja posso mudar de opinião.
Quero prestar uma homenagem as vitimas da guerra e a todos seus familiares, seja a centenas de Israelenses e as milhares palestinas, com destaque doloroso para as crianças.
Mas algo que creio possa acabar com a guerra é a opinião publica mundial e principalmente de Israel.
O Maior jornal de Israel, Haaretz cobra a queda imediata de Netanyahu (4).
“Benjamin Netanyahu deveria ser afastado do cargo de primeiro-ministro imediatamente – não “depois da guerra”, não depois de um acordo judicial no seu julgamento por corrupção, não depois de uma eleição. Agora”, afirma o veículo israelense (3).
A guerra não interessa ao povo palestinos e nem aos israelenses. A opinião publica internacional começou a se manifestar atos estão sendo realizados principalmente em defesa do povo pobre da Palestina, que agora estão sem água, sem comida e remédios (4).
Lembrando que o mesmo terror que se abate sobre os Palestinos na Faixa de Gaza, se abate com menos intensidade sobre os israelenses em Tel Aviv.
Não podemos ignorar o que já aconteceu no passado como desdobramento da guerra, os possíveis atentados a alvos israelenses no mundo inteiro.
Lógico que o terror se abate com mais intensidade na Faixa de Gaza, porem os palestinos convivem no cotidiano com a violência, já os judeus foram surpreendidos com o recente ataque.
E se depender do Hamas e de Netanyahu a guerra não tem fim, e na ONU nada vai ser resolvido. A Palestina luta com justiça para ter seu local de sobrevivência milenar o seu país, seu estado reconhecido.
Tel Aviv uma bela capital movimentada pelos moradores e turistas hoje é um deserto. Na Faixa de Gaza o terror sem água, comida e remédios a espera do próximo ataque.
Só a “voz rouca das ruas” pode abreviar o sofrimento de israelenses e palestinos!
Fonte:
1 – https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55351015
2 – https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/george-w-bush.htm
3 – https://veja.abril.com.br/coluna/reveja/o-artigo-em-veja-e-a-prisao-de-bolsonaro-nos-anos-1980
5 – https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5158j6902mo
6 – https://repositorio.unesp.br/server/api/core/bitstreams/0994bb48-e6cd-45fb-a52a-af80239ced4d/content
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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