Por Mauricio Salkini

“O ser humano, ao longo de sua história, sempre quis ter aquilo que não possui. O excesso de tecnologia fez reviver o prazer e, porque não, a arte de navegar por lojas físicas”,

Rony Meisler da Reserva em sua rede social, acrescenta que acessou a pesquisas que mostram que mais de 70% da população mundial comprará fisicamente. Não tive acesso a tal trabalho, mas está alinhado com as informações que tenho do crescimento do físico versus o digital.

Fisical e Omnichannel

“O quiosque é uma alternativa para pequenos e médios empreendedores, permitindo uma operação mais acessível”, disse Wellington Santos, CEO do Grupo Uni.co. Sua declaração foi sobre presença física da marca Submarino pelo sistema de franquias. Santos e sua equipe foram responsáveis pela entrada da gigante do e-comerce no mundo do Franchising, inicialmente com quiosques. O primeiro ponto físico inaugurado foi no Shopping Tamboré, em Barueri, SP.

E adivinhe qual o  investimento para entrar na franquia? Aproximadamente 120 mil reais.

Uma das primeiras marcas do mundo digital brasileiro anunciou a abertura de pontos de vendas físicos. O quiosque do Submarino, que fará a marca ser fisical (estar no físico e no digital), além do movimento em direção à existência real e à proximidade com o cliente, incluirá a novidade da expansão pelo sistema de Franchising.

“Agora, vamos unir a experiência da marca no universo digital com a força da Uni.co como franqueadora, experimentando esse novo modelo de negócio. A loja física vai aproximar ainda mais a marca dos consumidores e estreitar esse relacionamento”, afirma Anna Saicali, CEO da Ame e das Americanas S.A.

Quem disse que o varejo físico receberá certidão de óbito? Na verdade, vários especialistas em negócios. Mas eles esqueceram o que Vinicius de Moraes nos comunicou: “a vida é a arte do encontro”, e a pandemia torna o poeta ainda mais sábio: “apesar de haver tanto desencontro”.

interessante agora será observar se a expansão da Submarino pelo mundo dos encontros fluirá com êxito. Até porque trará, mais do que essa novidade, também a escolha do franchising como modelo de crescimento. Não vamos esquecer uma importante expectativa do cliente-navegador virtual que tem apreço pela marca: receber os mesmos valores no atendimento presencial.

Os franqueados, investidores que depositam muitas vezes as economias de uma vida na franquia, precisarão de lucratividade suficiente para fazer o modelo de expansão dar certo para os envolvidos. Será necessária uma política de omnichannel, em que o cliente consegue entender os benefícios dos canais. Assim se conciliará o modelo digital e o físico.

Né fisica né digitale: è phigital la nuova frontiera del marketing | Wematica

Há casos de múltiplos canais, potencializando as vendas das franquias, e trago a Kopenhagen como paradigma de sucesso. Como indústria, talvez a conta seja mais fácil de fechar para a loja de chocolates. O mesmo não se aplica à Submarino, que atuará no varejo, normalmente com margens pequenas e com mix de baixo valor agregado nos quiosques.

Temo pela rentabilidade do franqueado. De qualquer forma, fica a dica: o varejo físico, com encontros e mais encontros entre as pessoas, é uma necessidade do consumidor.

O fisical veio para ficar!

MAURICIO SALKINI é administrador e empreendedor, com experiência em franquias: Bobs, Kopenhagen e Rei do Mate. Implantou negócios no franchising, localizados em shopping, supermercado, rua e estação de transportes – barcas, trem e metrô. Vencedor dos Prêmios “Ser Humano” ABRH-RJ: Treinamento Cult (2019) e Primeiro Trabalho Decente (2021). Reconhecido (2022) pelo Selo Diversidade/ Prefeitura de Niterói, na área de Direitos Humanos. Colunista semanal do jornal Tribuna da Imprensa Livre. https://linktr.ee/msalkini

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