Por Iluska Lopes –
Associação Nacional de Defesa dos Usuários de Transportes (ANADUT) realizou nesta quinta-feira (31) em frente a sede do Tribuna de Justiça do Estado do RJ, manifestação contra o “pedágio mais caro do Mundo”, que voltou a ser cobrado à meia-noite desta sexta-feira (1), com o valor de R$ 7,50 por sentido, segundo a Linha Amarela S/A (Lamsa).
Se depender do empenho dos membros da ANADUT – que protestou com faixas e cartazes no entorno do TJERJ, esclarecendo e recebendo apoio de todos que ali passavam – e da Prefeitura do Rio de Janeiro, a concessão da concessionária Lamsa, responsável pela administração da Linha Amarela (RJ-124) na cidade do Rio pode estar com os dias contados, terminando antes do previsto em contrato.
Tudo começou ano passado quando a prefeitura propôs que deveria estatizar a Linha Amarela, indo na contra-mão da lógica neoliberal. O prefeito afirma que a concessionária cobra mais caro pelo pedágio do que deveria. Segundo Marcelo Crivella, a concessionária, após um aditivo no contrato em 2011, causou prejuízo de R$ 250 milhões para o Erário, com obras superfaturadas. A briga foi parar na Justiça em dezembro de 2018 quando Crivella tentou impedir cobrança do pedágio sentido Fundão.
Na quarta-feira (24), uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara dos Vereadores apontou lucro indevido de R$ 1,6 bilhão na concessão. Na sexta-feira (25), Crivella disse que acabaria com a concessão da Lamsa, a concessionária afirmou não haver respaldo jurídico para a decisão. No domingo (27) à noite, parte da estrutura do pedágio foi destruída por agentes da prefeitura, retroescavadeiras quebraram as cabines, computador e cancelas foram retirados.
Na segunda-feira (28), a Justiça determinou que o pedágio voltasse a ser cobrado. À meia-noite desta sexta-feira (1º) o pedágio da Linha Amarela voltou a ser cobrado, com o valor de R$ 7,50 por sentido, segundo a Lamsa.
Mas essa briga ainda pode estar no início, na próxima quinta-feira (7) deve ser votado um Projeto de Lei na Câmara dos Vereadores de autoria da Prefeitura autorizando o Poder Público a encampar a operação e manutenção da Linha Amarela. Confira o documento:
MAZOLA
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