Redação –
Arthur Weintraub, assessor especial da Presidência da República e irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, afirmou pelo Twitter nesta sexta-feira (31) que vai processar o jornalista George Marques.
Mais cedo, George comentou a nomeação de Abraham para um cargo na diretoria do Banco Mundial. “O Banco Mundial, então, confirmou Weintraub no cargo com um salário de R$ 110 mil mensais, mesmo com todo histórico de algazarra dele. Bom dia pra vc que não falou que os vagabundos do STF mereciam uma cana e teve ajuda de comparsas do Itamaraty para fugir do Brasil. Vamos à luta”, disse.
O jornalista também chamou o ex-ministro de ‘terrorista de extrema-direita’, por conta das declarações feitas na reunião governista de 22 de abril. Na ocasião, Weintraub pediu prisão aos ministros do STF, a quem chamou de “vagabundos”.
Arthur então publicou:
Plantão processinho, seu amiguinho.
Mais dois processinhos. Já printei e guardei links (lembrem-se de guardar link pra processar. Facilita o processo). Esse aí vai é responder no cível e criminal com o CPF dele. Vai lutar bastante. pic.twitter.com/1IXb8neE5A
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) July 31, 2020
George retrucou:
Engraçado que os valentes querem liberdade de expressão p/ pedir prisão dos "vagabundos do STF", mas não querem crítica
Irmão de Weintraub diz que vai processar jornalista que chamou ex-ministro da Educação de ‘terrorista de extrema-direita’ https://t.co/Hm2e4EeWbJ via @Estadao
— George Marques 🏡🇧🇷 (@GeorgMarques) July 31, 2020
O Banco Mundial confirmou que Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco. “O Sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição”, disse o Banco Mundial em nota.
Ainda nesta sexta-feira (31), o ex-ministro foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil em uma ação coletiva movida pela União Nacional dos Estudantes (UNE). O processo se deu após uma entrevista dada por ele ao programa 7 Minutos com a Verdade onde afirmou que as universidades públicas têm “extensivas plantações de maconha”.
De acordo com a decisão da juíza Silvia Figueiredo Marques, a fala caracteriza ofensa à coletividade dos estudantes. A magistrada também afirma que por diversas vezes, o então ministro fez afirmações sem embasá-las em provas, “que, por óbvio, visavam denegrir a imagem dos estudantes”.
Fonte: Congresso em Foco
MAZOLA
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