Por Miranda Sá

A liberdade de opinião tem dessas coisas: há no Twitter quem aprecie e aplauda, e outros que estranham e consideram dispensável o meu refrão “Viva a Vida!” nos bons dias que dou diariamente na rede social.

Ao exaltar a vida, penso que não o faço sozinho; todo ser humano possui no seu íntimo a consciência do valor da vida no correr da existência. É a mais bela louvação espiritual da civilização.

Enaltecer a vida é renascer; o culto da morte, pelo contrário, é fruto de uma doutrina antiga, mumificada no tempo e enterrada dentro do sarcófago de crendices medievais, do catolicismo ultramontano e do evangelismo comercializado.

É claro que a morte faz parte da vida; fazê-la presente no dia-a-dia, porém é negação; e o pessimismo é um suicídio prolongado e torturante. O que é real, é a evolução da humanidade a cada geração e presentear-nos com as maravilhas que a Natureza oferece e as descobertas da Ciência.

Lembro que nos meus tempos colegiais ouvíamos dos professores que os sentidos humanos eram cinco, visão, audição, paladar, olfato e tato; hoje sabemos que estão em estudo cerca de 19 outros, da premonição à telepatia.

Também parados no tempo, os professores de química nos ensinavam que o ouro não podia ser fabricado, era apenas uma fantasia dos antigos alquimistas; hoje sabemos que pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, Estados Unidos, criaram ouro de 24 quilates em laboratório, com uma pureza superior a 99,99%. Sai muito caro, não vale a pena, mas que se fabrica, se fabrica….

É ou não é um motivo para nos alegrarmos? Acho que sim, e me entusiasma ainda mais a velocidade com que a ciência médica avança, como vimos na criação da vacina para a covid-19, que salvou milhões de vidas na pandemia.

Assistindo a marcha da humanidade para o futuro incerto, favorável ou adverso, uso o presumível sentido da premonição para delinear o advir e as suas contradições, como desprezo ao Meio Ambiente.

Esta análise vai do ambiente poético dos peixinhos de aquário às organizações mundiais que defendem animais e plantas ameaçados de extinção; mas o problema não é de órgãos privados; cabe aos governos atuar obrigatoriamente neste sentido. Sem demagogia nem plebiscitos; com disposição de enfrentar as adversidades.

É revoltante constatarmos que ocorre o contrário. Os governos são o próprio “sistema de exterminação”. A preocupação dos políticos se limita aos discursos eleitorais, não adota princípios nem ideologia; a sua única disposição é se manter no poder quando o alcançam.

Infelizmente é o que ocorre no Governo Lula-Centrão, da mesma forma como ocorreu no governo antecedente. Bolsonaro deixou as populações indígenas à míngua e agora Lula quer explorar petróleo na foz do Amazonas.

Isto calou e cala os “liberais da direita bolsonarista” e os “ambientalistas da esquerda lulista”, fanáticos atraídos pelo imã do culto da personalidade dos seus líderes. Antes

exaltavam a morte pelo negativismo da Ciência, pregado “religiosamente”; atualmente escondem a incapacidade de enfrentar o crime organizado.

As limalhas de ferro enferrujado da falsa direita e da falsa esquerda, se imantam junto aos laboratórios que fabricam ouro e vacinas; é a avidez dos pelegos lulopetistas por dinheiro, e, lado-a-lado a estupidez anticientífica do bolsonarismo.

MIRANDA SÁ – Jornalista profissional, blogueiro, colunista e diretor executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril, as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã; Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo. mirandasa@uol.com.br

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


PATROCÍNIO

Tribuna recomenda!