Por Bolivar Meirelles –
Marx já, antecipadamente, analisou a crise, hoje terminal do capitalismo.
Mitos, “a mão do gato retirando as castanhas ao forno para o macaco”. “Macaco” esperto, a classe dominante que já não pode discursar “democraticamente”. Nem mesmo manter seu discurso, politicamente liberal. Inventar o Golpe de Estado é artimanha necessária a quem deseja “manter os anéis”, de ouro ou platina, em seus dedos. Partido Militar? Poder Militar? Aparências necessárias a quem, por necessidade histórica, deseja encobrir a realidade. Mito é engodo. Realidade é verdade. A luta de classes leva, claramente, à necessidade de superação do Estado burguês. No hoje. No atual. Marx já colocou com clareza esse tema. Já pensou previamente. Construir “Napoleão Le Petit” atualizado é tarefa de uma burguesia em crise. Não existe Partido Militar. Existe, sim, um capitalismo em crise que se vem aguçando, desde o término da Segunda Guerra Mundial. Até mesmo antes, no pós Revolução Soviética. Inventar é preciso, ou foi… Churchill nada tinha de democrata, acionou o poderio bélico do novo representante hegemônico do Capitalismo Internacional. Foi em Foulton, cidade Norteamericana. A Guerra Fria foi, oficialmente, lançada. Até pelo fato de que, sua existência verdadeira, já existir desde 1917, com a Revolução Soviética. Capitalismo enfrentado. Lênin liderou a Revolução Soviética. Plasmados, nesse contexto, o texto verbalizado por Churchill em 1945, é mistificador de uma “Democracia” já inexistente. “Vender” a “Democracia” Burguesa como a melhor forma de governo era mistificação total. O tempo histórico tem dimensão muito diferente de nossas individuais vidas. Um século é nada. O capitalismo está em forte crise, gerada por ele mesmo. Os mitos podem ser criados, mas não são instrumentos de resolução das crises, principalmente, as terminais.
Os golpes de Estado proliferam. Marx já os havia tipificado.
Citar Marx, Engels, Lênin, ou mesmo autores mais contemporâneos como Gramsci, não é “absurdo estático”. São gênios pensantes e dialéticos. De Heráclito de Éfeso, pré socrático, Hegel e outros que exerceram a dialética pregressa, já sinalizaram o “devir” como instrumentos do pensar futuro. O mundo não está parado. O pensar não está parado. Exercitar o pensamento crítico, permanentemente, é tarefa fundamental e revolucionária de quem, por natureza, recebeu o cérebro mais evoluído da espécie animal, o Ser Humano. Nenhuma ciência é estática, nem a filosofia, tão pouco o é. A filosofia exerce forte “casamento” com a ciência. É na filosofia que vamos encontrar a construção metodológica para o desenvolvimento científico. Isso que, costumeiramente, denomina-se de “referencial teórico” ou “base epistemológica”. Tendo Marx já morrido, Engels, Lênin, Gramsci, seus predecessores… não significa que a dialética como método e a dialética materialista, principalmente, haja desaparecido e sido superada. Marx uniu a dialética ao materialismo e à história. Foi uma revolução no pensamento e na metodologia científica, não superada. Os golpistas de plantão se exercitam na política, em função dos interesses da Classe Dominante. Esta em processo de crise e de finitude. Criam mitos, posto que esta realidade é o domínio da Burguesia em crise. Os Partidos são burgueses. As Forças Armadas são instrumentos ideologizados do Estado. Capitalista no caso. A tentativa é alargar o Poder em crise e usufruir, por mais tempo, do clima de exploração de classes. A História é a crítica de quem não tem fuga. A classe revolucionária não é, há muito tempo, a Burguesia. Esta será superada por quem vive do esforço de seu trabalho. “Não aos opressores!”. Denunciar os mitos é sempre tarefa histórica.
Não existe “Partido Militar”, o que existe é “militarismo”, inclusive com muitos civis dele “enamorados”, a serviço da classe dominante. Precisa ser denunciado e confrontado.
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública e Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina.
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