Por Luiz Carlos Prestes Filho –
ENTREVISTA N.21 – ESPECIAL REGULAMENTAÇÃO DE JOGOS.
Para o empresário Marco Aurélio Lage, proprietário do Hotel Brasil na cidade de São Lourenço, Estado de Minas Gerais: “A solução mais viável para a crise econômica atual será o retorno dos cassinos, para fomentar o turismo, será como dar oxigênio ao doente na UTI. Só com uma diferença, o governo não terá que fazer nenhum investimento.” Filho do deputado federal, Alcides Mascarenhas Lage, que exerceu o mandato nos anos de 1951-1953, gosta de destacar:
“A luta pela regulamentação dos jogos vem desde o berço. Meu pai foi pioneiro na apresentação de Projeto de Lei pedindo a volta dos cassino, ainda na década de 1950, durante o segundo governo Getúlio Vargas.”
Luiz Carlos Prestes Filho: Como empresário do setor de turismo, qual a sua opinião sobre a possibilidade da volta dos cassinos em São Lourenço?
Marco Aurélio: Este é um momento de decisões importantes para o país, um socorro a geração de empregos e ao resgate do turismo, especialmente nas pequenas cidades do interior, cujo atividade econômica baseia-se na fonte de renda advindo do turismo. Durante seis meses a cidade de São Lourenço foi totalmente paralisada seguindo o protocolo estabelecido pelo governo estadual. Foi um desastre esta pandemia, causando o fechamento de hotéis, bares, restaurantes, lojas atingidas e até o Parque das águas.
Prestes Filho: A difícil situação econômica no país precisa da urgente regulamentação?
Marco Aurélio: Milhares de pessoas perderam o emprego e o município perdeu a renda advinda dos visitantes desta tradicional estância. Foi uma catástrofe jamais vista. Estive com o novo prefeito Dr. Lessa e comentamos quais as alternativas que poderiam ser tomada para salvar a economia desta cidade turística “Berço do turismo brasileiro”. A solução mais viável será o retorno dos cassinos, para fomentar o turismo “seria como dar oxigênio ao doente na UTI”. Só com uma diferença, o governo não terá que fazer nenhum investimento e resolveria o problema social, fomentando o turismo interno nas instâncias tradicionais que ainda tem infraestrutura para viabilizar esta modalidade de diversão especialmente para a terceira idade, que não tendo aqui vão procurar em outros países.
Compete agora as autoridades tomarem decisões patrióticas em benefício da classe trabalhadora e empresarial.
Prestes Filho: Além dos cassinos e bingos, quais atividades os jogos legalizados poderiam promover?
Marco Aurélio: Certamente, a cidade de São Lourenço aliada a atividade de jogos recreativos poderia também atrair feiras e congressos especialmente por estar situada no eixo do PIB brasileiro Rio de janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Prestes Filho: Então chegou a hora da regulamentação?
Marco Aurélio: A vontade política pode resolver este problema! São 75 anos sem definição, impedindo nosso país gerar empregos, desenvolvimento turístico e consequentemente impostos.
Prestes Filho: Precisamos de Cassinos Resorts ou Cassinos Urbanos?
Marco Aurélio: Há um projeto de lei apresentado pelo deputado Newton Cardoso Jr. que atende aos anseios desta e de outras cidades turísticas. Temos que diversificar. Cada cidade tem um potencial diferente. Seria positivo regulamentar todas a modalidades de jogos.
Prestes Filho: Existe um grupo de cidades mineiras que poderiam se beneficiar dos jogos regulamentados?
Marco Aurélio: As cidades que possuem atualmente infraestrutura turística em Minas Gerais para receber, imediatamente, as atividades de cassinos, a meu ver, são: São Lourenço, Caxambu, Poços de Caldas e Araxá. Outras cidades necessitam de adequações para exercerem esta atividade futuramente.
Prestes Filho: A gestão empresarial de jogos pode ser fiscalizada com eficiência e transparência?
Marco Aurélio: Vamos ser práticos… quanto as normas e regulamentações, podemos simplesmente copiar aquelas existentes nos países onde os cassinos funcionam há anos, sem problemas. Exemplo: Macau, na China, copiou Las Vegas e fez certo, porque está dando certo. É bom ressaltar que não haverá investimento do governo, tudo será administrado pela iniciativa privada.
Por tanto, aproveito a oportunidade para apresentar um trabalho que elaborado por ocasião do início das atividades dos navios estrangeiros de turismo no Brasil. Penso que o leitor poderá ficar mais informado.
LUIZ CARLOS PRESTES FILHO – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Cineasta, formado em Direção de Filmes Documentários para Televisão e Cinema pelo Instituto Estatal de Cinema da União Soviética; Especialista em Economia da Cultura e Desenvolvimento Econômico Local; Coordenou estudos sobre a contribuição da Cultura para o PIB do Estado do Rio de Janeiro (2002) e sobre as cadeias produtivas da Economia da Música (2005) e do Carnaval (2009); É autor do livro “O Maior Espetáculo da Terra – 30 anos do Sambódromo” (2015).
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