Redação

Pesquisa PoderData fez a seguinte pergunta aos entrevistados: “Se você tivesse uma emergência e precisasse de R$ 200, você teria esse dinheiro disponível?”. Só 40% dos entrevistados disseram ter a quantia. A maior parte (55%) disse que não. Outros 5% não souberam responder.

A pesquisa revela o retrato do estado financeiro da sociedade. Foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 14 a 16 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 459 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

A situação econômica do país se agravou nos últimos meses com a pandemia de covid-19, que, além de consequências na saúde, impactou também as finanças dos brasileiros.

taxa de desemprego atingiu 14,3% na 4ª semana de agosto, aumento de 1,1 ponto percentual em relação à semana anterior. Ao todo, 13,7 milhões de pessoas estão à procura de trabalho no Brasil.

Para tentar mitigar os danos, o governo propôs e o Congresso aprovou 1 auxílio emergencial para os brasileiros mais pobres. Primeiro, foram distribuídas 3 parcelas de R$ 600. Depois, foram liberadas outras duas com o mesmo valor. No começo do mês (1º.set), o governo prorrogou o programa até o fim do ano, com mais 4 partes de R$ 300.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

PoderData separou recortes para as respostas à pergunta sobre os R$ 200 para emergências. Foram analisados os perfis por sexo, idade, nível de instrução, região e renda.

Entre as mulheres, 61% disseram que não teriam essa quantia. Praticamente 7 a cada 10 jovens de até 24 anos também afirmam não ter R$ 200 para emergência. Já entre os mais velhos, com 60 anos ou mais, 59% disseram que teriam o dinheiro.

Leia a estratificação completa no infográfico abaixo:

R$ 200 X AVALIAÇÃO DE BOLSONARO

A proporção dos que não teriam o dinheiro para emergências é menor entre os que avaliam o presidente Jair Bolsonaro como “ótimo” ou “bom”. No grupo do “regular”, apenas 28% disseram ter o valor.

DINHEIRO PARA O FUTURO

PoderData também indagou os entrevistados sobre o acúmulo de recursos para o futuro.

O levantamento mostra que 68% dos brasileiros não guardam dinheiro. Outros 22% têm reservas, seja na poupança, em investimentos ou simplesmente com economias pessoais. E 10% preferiram não responder.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

Os mais ricos, que recebem acima de 10 salários mínimos, são também os que mais guardam dinheiro para o futuro. São 85% os que fizeram essa afirmação.

Do outro lado, 8 a cada 10 desempregados e/ou sem renda fixa não têm essa preocupação ou não têm recursos suficientes para guardar. A taxa também é alta no Nordeste, onde 79% disseram não poupar dinheiro.

Leia os recortes por sexo, idade, nível de instrução, região e renda:

POUPANÇA X AVALIAÇÃO DE BOLSONARO

Os que avaliam negativamente o trabalho do presidente (ruim+péssimo) também são os que mais guardam recursos para o futuro: 57% fizeram essa afirmação.

Do grupo dos que consideram Bolsonaro “regular”, 77% disseram não poupar dinheiro.

PODERDATA

Leia mais sobre a pesquisa PoderData:

Fonte: Poder360